
Primeiro vice-presidente da Assembleia da República de Moçambique, Hélder Ernesto Injojo
Bissau, 18 Jul (AIM) – A Assembleia Parlamentar da Comunidade da Língua Oficial Português (AP-CPLP) que, actualmente, Moçambique detém a presidência rotativa, compromete-se a participar na promoção da transformação da CPLP num organismo influente a nível global, influenciando decisões que agreguem os Estados-membros em torno de valores comuns e aspirações colectivas.
A garantia foi dada pelo primeiro vice-presidente da Assembleia da República de Moçambique, Hélder Ernesto Injojo, representando a presidente da AP-CPLP, hoje, durante a abertura da XV Cimeira dos Chefes de Estado e Governos da CPLP.
Para o efeito, o órgão trabalhará para que a CPLP deixe de ser um fórum apenas linguístico e se torne um actor de peso global, com base em princípios como direitos humanos, democracia e boas práticas de governação.
“A AP-CPLP vai advogar para que a CPLP não seja apenas uma comunidade de países ligados apenas à língua, mas sim, para que seja um verdadeiro actor de influência global, guiado por princípios partilhados e aspirações colectivas”, disse Hélder Injojo, intervindo na Cimeira dos Chefes de Estados e Governo da CPLP que teve lugar, em Bissau.
Com o lema “Fortalecimento da Democracia e do Estado de Direito rumo ao Desenvolvimento Sustentável da CPLP”, de acordo com a fonte, a presidência moçambicana da Assembleia Parlamentar lusófona, definiu quatro eixos fundamentais.
Os eixos referidos incluem a Implementação total do Acordo de Mobilidade entre os países, Revisão dos estatutos da AP CPLP, para dotá-la de maior legitimidade institucional, Reforço da cooperação comunitária e assistência humanitária e Promoção da equidade de género, criação de gabinetes parlamentares para as mulheres e juventude e institucionalização de espaços de debate legislativo específico.
Hélder Injojo saudou a escolha do tema central da XV Cimeira da CPLP: “Soberania Alimentar como Caminho para o Desenvolvimento Sustentável”. Segundo o parlamentar, abraçar esse objectivo significa traçar “o mapa do bem-estar da comunidade inserida na CPLP, garantindo dignidade e justiça social”, vincou.
Para Moçambique, segurança alimentar representa uma via essencial para alcançar uma CPLP economicamente independente e solidária, e é um compromisso político prioritário para os próximos dois anos da presidência moçambicana.
Eleito na 14ª Sessão Ordinária da AP CPLP, realizada em Maputo, Moçambique assumiu a presidência do Parlamento da CPLP para o biénio 2025–2027, com uma clara orientação estratégica de ampliar o papel institucional do órgão e alinhá-lo às grandes transformações globais.
(AIM)
PC/sg
Foto: Primeiro vice-presidente da Assembleia da República de Moçambique, Hélder Ernesto Injojo