Mpox
Maputo, 22 Jul (AIM) – As autoridades sanitárias confirmam o diagnóstico de 13 casos da varíola dos macacos (Mpox) desde a eclosão do surto no distrito de Lago, província nortenha de Niassa.
O facto foi avançado pelo porta-voz do Conselho de Ministros, Inocêncio Impissa, que falava minutos após o término da 26ª sessão ordinária daquele órgão de soberania, acto que teve lugar hoje em Maputo.
Impissa, que também é ministro da Administração Estatal e Função Pública, alertou que os casos continuam a subir, assegurando que ainda estão todos confinados no Lago, Niassa.
“Continuam a ser acompanhados pelo sector da saúde e continuam em quarentena, em isolamento e em acompanhamento, para evitar que este problema se alastre”, disse.
No entanto, segundo Impissa, as autoridades estão em prontidão para tomar medidas para garantir que os profissionais de saúde executem com a devida atenção e assistência directa dos infectados.
“A ideia principal, o grande segredo aqui é conseguir isolar estes (13) casos e garantir que não se espalhem para mais moçambicanos e, quiçá, se conseguíssemos conter efectivamente no distrito de Lago e não pudesse sair de lá e terminar os casos, e não pudesse incrementar os números”, disse.
Sobre a suspeita da contaminação das águas do rio Limpopo, face ao alerta à população divulgado recentemente pela Administração Regional das Águas do Sul (ARA-Sul), advertiu contra o seu uso para consumo humano, doméstico, irrigação agrícola ou abeberamento de animais até que os resultados laboratoriais estejam disponíveis.
Entretanto, os exames preliminares asseguram, segundo Impissa, não haver problemas que possam colocar em risco a saúde pública.
“Foram submetidos os resultados preliminares e as amostras para laboratórios da Universidade Eduardo Mondlane e do Ministério da Saúde para garantir que haja uma fidelidade dos resultados preliminares que foram obtidos através do Ministério das Obras Públicas (Habitação e Recursos Hídricos) para garantir que efectivamente o relatório consiga provar que não é nocivo à saúde humana. Essa é a nossa expectativa”, disse.
Desde a semana passada, a água do Limpopo tem apresentado uma coloração esverdeada, fenómeno igualmente observado nos rios dos países vizinhos, incluindo a África do Sul, Botswana e Zimbabwe. Os três países partilham a gestão da bacia hidrográfica do rio Limpopo com Moçambique.
Em comunicado, a ARA-Sul diz ter identificado uma floração de algas na Estação Betty Bridge, localizada na África do Sul, na segunda-feira (14).
Impissa afirmou que quarta-feira (23) uma comissão conjunta constituída pelos governos que gerem a bacia e o rio deverá discutir sobre medidas a serem implementadas para o maneio da situação e garantir que em casos de pôr em perigo a vida humana se possam minimizar o problema.
“Mas”, disse, “o exame preliminar, dá indicações de que a água não está contaminada (…) e isto vai se comprovar depois, quando vermos os dois outros exames, quer do Ministério da Saúde e, quer do laboratório da Universidade Eduardo Mondlane”.
(AIM)
Ac/sg
