
Estrada Nacional Número 13
Cuamba, (Moçambique), 22 Set (AIM) – As obras de asfaltagem do troço da Estrada Nacional Número 13, (N13), que liga o porto de Nacala, na província de Nampula, a outros pontos da região norte e aos países do interland, decorrem dentro do cronograma previsto entre o governo de Moçambique e o empreiteiro chinês.
O ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, que percorreu recentemente o troço entre as vilas municipais de Malema (Nampula) e de Cuamba (Niassa), manifestou a sua satisfação com a evolução do trabalho que se situa em oito por cento, desde o relançamento das obras em Março último.
O troço é parte integrante do Corredor Rodoviário de Desenvolvimento de Nacala, entre as províncias de Nampula e Niassa, numa extensão de cerca de 660 quilómetros.
As obras da N13, entre Malema e Cuamba, numa extensão de 114 quilómetros arrancaram em 2012, mas em 2018 o governo rescindiu o contrato devido ao fraco desempenho do empreiteiro.
O prazo para entrega das obras foi estabelecido para Março de 2027 e tem financiamento do governo de Moçambique, União Europeia e Banco Africano de Desenvolvimento no valor de 1.767,083.398 meticais o equivalente a 24 milhões de euros.
“ Estamos satisfeitos com o progresso das obras. Está um pouco acima daquilo que era expectável, portanto, está em oito por cento e acreditamos que até o final do ano a empresa consiga atingir ou ultrapassar os 10, que é o que está previsto no programa. Também, estamos satisfeitos com o tratamento que está a ser dado às famílias em relação às machambas que estão a ser afectadas o que permite também que estas possam contribuir de forma positiva para que as obras decorram sem sobressaltos”, referiu.
O governante destacou que a estrada vai gerar desenvolvimento na zona norte que tem um grande potencial agrário e maior incremento das trocas comerciais entre Moçambique e o Malawi.
“Vai gerar desenvolvimento, uma nova oportunidade para que se prestem serviços em melhores condições ao longo da estrada. Houve harmonia na consulta para a compensação que tem que ser feita. Portanto, o trabalho está a decorrer e vamos continuar a monitorar e 2027 é o cronograma que temos e acreditamos que até lá as obras realmente vão ser concluídas”, anotou.
Como vantagem imediata o ministro anotou que 450 pessoas conseguiram empregos directos, pois a construção de infra-estruturas permite a integração das comunidades.
Sobre as compensações as pessoas afectadas pelo traçado da estrada, Matlombe disse que estão a ser pagas de acordo com tabela legislada.
“Temos uma tabela e estamos a trabalhar com as autoridades administrativas ao nível das duas províncias. As comunidades, felizmente, estão a par disso, então, está a ser feito dentro daquele detalhe legislado”, disse.
Explicou que o governo tem como desafios continuar a trabalhar com as lideranças ao nível local para garantir a protecção das áreas, porque as benfeitorias geram custos adicionais e acabam desviando recursos que deveriam estar alocados à obra. Estamos a trabalhar também com as comunidades para continuarmos a conscientizar as famílias para não ocuparem as áreas de reserva”.
As obras com duração prevista de 24 meses compreendem a asfaltagem de 35 quilómetros, reabilitação de outros 69, anteriormente intervencionados, construção de um mercado, pontes e aquedutos.
(AIM)
RI/sg