
Maputo, 03 Out (AIM) – A Presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, apresentou a visão de Moçambique sobre a transição energética, baseada na experiência de um país que, ciclicamente, enfrenta os efeitos nefastos das mudanças climáticas.
Na 11ª Conferência dos Presidentes de Estados membros do G20, a que foram convidados os líderes dos Parlamentos africanos, Moçambique deixou registado que a transição energética é uma prioridade incontornável que, no entanto, deve ser conduzida observando os princípios de justiça, inclusão e gradualismo.
“Para nós, uma transição energética justa significa garantir que a redução do uso de combustíveis fósseis seja acompanhada por investimentos em energias renováveis acessíveis, fiáveis e sustentáveis”, afirmou Talapa.
Segundo Talapa, uma transição energética inclusiva passa pelo reforço de capacidades tecnológicas e institucionais dos países em desenvolvimento, criando emprego condigno e oportunidades para o povo, sobretudo jovens e mulheres, assegurando que as comunidades, em especial as mais vulneráveis, não sejam excluídas dos benefícios desta transição.
A Presidente do Parlamento moçambicano defendeu, por isso, a disponibilização de financiamento internacional para permitir que os países em desenvolvimento implementem os seus planos de transição energética sem comprometer a sua estabilidade económica e social.
.Para o efeito, Talapa reitera a necessidade de um compromisso solidário dos países industrializados no apoio técnico e financeiro ao processo de transição energética, no investimento em soluções inovadoras e sustentáveis.
A Presidente da Assembleia da República insta os parlamentos nacionais a garantir que a transição energética seja justa e inclusiva, através dos processos legislativo e fiscalizado.
(AIM)
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