
Secretária de Estado Manso e o Secretário para África e Médio Oriente do Brasil, Carlos Duarte, nas 1ª Consultas políticas Mocambique-Brasil
Maputo, 06 Out (AIM) ‒ Moçambique e Brasil manifestaram hoje (06) a sua pretensão de incrementar a cooperação entre ambos os países que ainda é incipiente.
O Secretário para África e Médio Oriente no Ministério das relações exteriores do Brasil, Carlos Duarte, considera que o comércio bilateral entre Moçambique e Brasil ainda é muito pequeno se considerando o seu potencial.
Para melhor ilustrar, Duarte refere que as trocas comerciais entre os dois países ainda estão aquém da fasquia dos 200 milhões de dólares por ano. É um valor que, facilmente, pode duplicar com novos investimentos.
O diplomata brasileiro falava à imprensa minutos após o término de uma reunião de consultas políticas entre os dois países.
A reunião é a primeira do género no actual governo de ambos os países, co-presidida com a secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Comunidade Moçambicana no Exterior, Maria Manso.
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Carlos Duarte destacou que o seu país tem interesse em investir em Moçambique.
O diplomata brasileiro aventa a possibilidade de os dois países desenvolverem um acordo de facilitação de investimentos, reconhecendo que o desiderato “virá naturalmente com o adensamento das relações entre Brasil e Moçambique no volume das trocas comerciais e novos investimentos.
Sublinhou a cooperação no domínio da formação académica e profissional, com muitos estudantes moçambicanos formados no Brasil nos programas de graduação e de pós-graduação, que os habilita a desenvolver Moçambique.
“Mencionamos a área agrícola, Moçambique é um país que poderia não só importar alimentos do Brasil, como também produzir localmente, porque não é só uma questão de a gente querer vender mais, a gente quer também poder produzir aqui”.
Quanto a vertente de cooperação agrícola, o diplomata destacou ser significativa devido a condição do Brasil, que tem uma grande produtividade influenciada pelo desenvolvimento de tecnologias de sementes melhoradas, compensação de solos e irrigação moderna, que considera relevantes para outros países, incluindo Moçambique, que tem condições de clima e de solo semelhantes às regiões do Brasil.
“Então, essa vertente agrícola é uma das principais, mas também a cooperação abarca por exemplo a saúde e tivemos aqui na reunião um representante da área de transporte, por exemplo, o interesse que tem Moçambique em transportes urbanos, enfim, outras áreas”, disse.
Já a Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Comunidade Moçambicana no Exterior, Maria Manso, caracterizou as relações bilaterais entre Moçambique e Brasil que duram já há 50 anos como excelentes, enaltecendo que os países partilham “vários assuntos na arena bilateral, multilateral e na cooperação Sul-Sul e Norte-Sul”.
Demonstrou interesse de Moçambique em receber visita do presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva, à Moçambique, uma pretensão que, embora ainda sem data específica, é ansiada para que aconteça ainda esse ano pelo Secretário para África e Médio Oriente no Ministério das relações exteriores do Brasil, Carlos Duarte.
(AIM)
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