
Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA)
Maputo, 08 Out (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) manifestou hoje a sua “profunda apreensão e preocupação” com o sequestro do empresário português Francisco José Casquinha, conhecido por Chico, ocorrido na terça-feira (8), em Maputo.
Em comunicado de imprensa enviado à AIM esta quarta-feira (08), em Maputo, a CTA repudia “com veemência” o sequestro do empresário, com interesses no sector automóvel, e alerta que este caso se junta a “outros seis sequestros registados no presente ano, ainda sem o devido esclarecimento”.
“A ocorrência deste crime constitui um grande golpe aos esforços de recuperação económica que investidores e empresários vêm envidando para tirar o país do marasmo económico resultante de vandalizações, pilhagens e destruição de infra-estruturas empresariais ocorridas há menos de um ano”, refere a nota.
A CTA considera que este tipo de incidentes “vem agudizar os receios dos investidores em direccionarem os seus investimentos para Moçambique”, destacando que “a insegurança, o terror e a instabilidade são armas que atentam contra um ambiente de negócios saudável e atractivo”.
“Deploramos que este criminoso sequestro ocorra num momento em que, no âmbito do diálogo público-privado, se esteja num processo de identificação das principais barreiras aos investimentos, em preparação da XX Conferência Anual do Sector Privado”, refere o documento, sublinhando que o evento tem como lema ‘Reformar para Competir – Caminhando para o Relançamento Económico’.
A confederação insta as autoridades competentes, em particular as Forças de Defesa e Segurança (FDS), a redobrarem os esforços das unidades especializadas de combate ao crime organizado, com vista ao “rápido esclarecimento deste caso, ao retorno urgente e seguro do empresário sequestrado e ao desmantelamento total das redes responsáveis pelos raptos”.
“Nenhuma economia se pode desenvolver num clima de ameaças, medo e insegurança”, frisa a CTA, apelando ao Governo de Moçambique para “implementar medidas imediatas, no quadro das suas atribuições, para estancar definitivamente o clima de medo, terror e insegurança que caracteriza o ambiente empresarial”.
A nota alerta ainda para o “alastramento de actos de terrorismo” na província de Cabo Delgado, mencionando “acções terroristas recentemente ocorridas no distrito de Memba, província de Nampula, que agravam a incerteza e desmotivação no seio dos principais actores da promoção do emprego e do desenvolvimento nacional”.
A CTA conclui manifestando solidariedade à família do empresário português e reafirmando o seu compromisso de continuar a “advogar por um Moçambique mais seguro para o desenvolvimento da actividade empresarial e de negócios prósperos numa sociedade de justiça social e segurança para todos”.
(AIM)
NL/sg