
Maputo, 12 Out (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, apelou à união, reconciliação e perdão entre os moçambicanos, defendendo que o diálogo nacional em curso deve ser entendido, não como um exercício político, mas como um encontro fraterno entre irmãos que partilham o mesmo ideal de desenvolvimento para o país.
O apelo foi feito este domingo (12), no distrito de Matutuíne, Província de Maputo, durante as cerimónias que assinalaram o 25.º aniversário da fundação do Ministério Evangelho em Acção (MEA), uma congregação cristã criada a 9 de Outubro de 2000 e que celebrou a data sob o lema “Fé, Missão e Serviço à Comunidade”.
Durante o seu discurso, Chapo expressou gratidão a Deus pela vida e pela oportunidade de partilhar o momento com os fiéis do MEA, afirmando que a vida é uma dádiva divina e não um mérito humano.
“Estamos vivos e aqui presentes não porque somos mais espertos ou mais inteligentes, mas pura e simplesmente pela graça de Deus”, declarou o Presidente, sob aplausos da congregação.
O estadista elogiou o papel das instituições religiosas na promoção da paz espiritual e social em Moçambique, destacando que a fé deve ser um alicerce de esperança e união.
“Quero relembrar aos membros do MEA que o seu guia da vida é a Bíblia Sagrada. Todos nós, como cristãos, devemos seguir esse caminho de amor e fraternidade”, afirmou.
Chapo recorreu à passagem bíblica do livro de Josué para reforçar a mensagem de coragem e perseverança, traçando um paralelo entre a travessia do povo de Israel e a luta de libertação de Moçambique.
“Tal como Moisés libertou o povo de Israel do Egipto, também nós fomos libertos do jugo colonial. Deus continua a realizar milagres na história dos povos”, lembrou.
Sublinhando que a caminhada rumo ao desenvolvimento nacional exige fé, coragem e tolerância, Chapo defendeu que as diferenças devem ser encaradas com espírito de comunhão.
“Mesmo perante as divergências, é nossa missão não abandonar os que duvidam. Moisés não deixou o seu povo, mesmo quando murmuravam; caminhou com eles”, sublinhou.
O Presidente reafirmou que o diálogo nacional é um instrumento de paz e reconciliação, e não de confronto político. “Devemos falar de coração aberto, sem ódio, sem violência, mas em harmonia e comunhão entre irmãos. A grande mensagem de Cristo foi: Amai-vos uns aos outros”, enfatizou.
No encerramento, Chapo encorajou os fiéis a permanecer firmes na oração e na fé, considerando-as as verdadeiras armas de transformação. “Vamos continuar unidos na graça de Deus, a orar e a jejuar, porque há males que só saem com jejum e oração. Essas são as nossas armas”, concluiu, sob fortes aplausos.
(AIM)
NL/PC