
Primeira-ministra de Moçambique, Benvinda Levi, discursa na Conferência de Líderes Mundiais sobre a Mulher, no âmbito da Celebração do 30° Aniversário da Declaração e Plataforma da Acção de Beijing
Maputo, 13 Outubro (AIM) – A Primeira-ministra, Benvinda Levi, destacou hoje (13), na China, que Moçambique regista avanços consideráveis no que concerne a paridade de género em todas as áreas de actividade, particularmente no que concerne a paridade de género no Conselho de Ministros.
“Honra-nos, juntarmo-nos uma vez mais a comunidade internacional para reafirmar o nosso compromisso de manter as questões de género no centro das prioridades da agenda global “, disse Levi, na Conferência de Líderes Mundiais sobre a Mulher, no âmbito da Celebração do 30° Aniversário da Declaração e Plataforma da Acção de Beijing
Segundo Levi, o evento constitui um momento de avaliação e renovação do compromisso de empoderamento da mulher na visão adoptada em 1995, com vista alcançar a igualdade e o empoderamento das mulheres, raparigas em contextos de desenvolvimento complexo.
“A República Popular da China, não só demonstra a sua liderança global em questões de direitos humanos, como também desempenha um papel crucial na preservação e no avanço do estatuto da mulher através das suas políticas nacionais e do apoio contínuo da cooperação Sul-Sul”, disse.
A Plataforma de Acção de Beijing, inspirou a jornada de empoderamento e emancipação das mulheres, segundo a premissa de que a paz e a segurança só são sustentáveis com a participação plena e equitativa da mulher.
Informou que durante o mandato de Moçambique como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas (2023-2024), foram realizadas dois eventos, nomeadamente, Mulheres, Paz e Segurança; Uma avaliação das duas décadas da resolução 1325 e manutenção da segurança internacional, o papel da mulher e da juventude.
“A realização destes eventos tinha como objectivo espevitar a comunidade internacional para uma reflexão sobre a inclusão das mulheres nos processos de negociação no quadro prevenção, resolução de conflitos promoção da paz e segurança”, disse.
No novo ciclo de governação 2025/2029, o país assumiu como prioridades a implementação de acções com vista libertar as mulheres e raparigas da pobreza, assim como eliminar todas às formas de violência, com foco para o femicidio.
No que concerne a educação, Moçambique deu um salto gigantesco ao aumentar “o acesso e retenção da rapariga na escola que passou 17% para cerca de 50%, “.
Já na taxa de mortalidade infantil regista-se uma reducao de 97 para 77 nados mortos em cada mil nascidos
Referiu que a crise climática, os conflitos, a persistência da violência baseada no género, a exclusão digital de entre outros ameaçam reverter os progressos durante conquistadas ao longo dos últimos 30 anos
O governo de Moçambique, apela a Comunidade Internacional a usar a declaração e a plataforma de Acção de Beijing, de forma responder aos desafios que ainda persistem, focando-se no financiamento para igualdade, tecnologia e inclusão digital.
“Acreditamos que só desta forma é que poderemos continuar a construir sociedade mais pacíficas e sustentáveis em conformidade com agenda 2030 das Nações Unidas.
(AIM)
MR/sg