Presidente da República, Daniel Chapo, reúne-se com estudantes moçambicano residentes no Brasil
Nelúcia Manhiça, da AIM
Belém (Brasil), 08 Nov (AIM) – O Presidente da República, Daniel Chapo, convida os estudantes moçambicanos residentes no Brasil a assumirem-se como embaixadores de Moçambique, contribuindo com o seu conhecimento e dedicação para o progresso nacional e a afirmação da imagem do país no exterior.
Chapo fez o convite na sexta-feira (07), na cidade brasileira de Belém, à margem da Cimeira de Líderes Mundiais da COP30, tendo o Chefe de Estado destacado o papel da juventude como força motriz do desenvolvimento e da inovação.
“Os estudantes são os nossos embaixadores, e queremos que cada um de vós contribua com o vosso saber e dedicação para o progresso de Moçambique”, afirmou.
Chapo encorajou os jovens a apostarem na formação de qualidade, frisando que o governo está a trabalhar para criar oportunidades de emprego e inovação, de modo a absorver o talento e o potencial da nova geração.
“Moçambique precisa de jovens qualificados, criativos e comprometidos com a construção de uma sociedade mais justa e sustentável”, sublinhou.
Durante o encontro, o estadista partilhou com os estudantes a visão do governo sobre a actual conjuntura nacional, assegurando que o país vive um ambiente de estabilidade política, económica e social, que tem vindo a permitir o regresso gradual dos megaprojectos energéticos em Cabo Delgado, após anos de desafios de segurança.
“Assinámos um Compromisso Político para um Diálogo Nacional Inclusivo no dia 05 de Março, e neste momento o país vive estabilidade política, económica e social, do Rovuma ao Maputo”, declarou Chapo.
No domínio económico, o Presidente realçou que Moçambique regista sinais positivos de recuperação, com destaque para a saída progressiva da Lista Cinzenta e a retoma dos investimentos no sector energético.
“A economia está a voltar. Fizemos um esforço enorme desde 2022, e os grandes projectos de gás em Cabo Delgado serão determinantes para acelerar o desenvolvimento nacional”, afirmou.
Chapo adiantou que o país aguarda o levantamento formal da Força Maior pela multinacional petrolífera francesa TotalEnergies e uma decisão final de investimento da ExxonMobil, algo que devera acontecer em 2026.
Em relação à segurança em Cabo Delgado, reconheceu a persistência de ataques isolados, mas garantiu que “a situação está sob controlo e as populações estão a regressar às suas comunidades”.
Durante o encontro de líderes mundiais, foi anunciada a mobilização de cerca de 5,5 mil milhões de dólares norte-americanos destinados ao financiamento climático.
Segundo o Chefe do Estado, Moçambique pretende aceder a parte desses fundos, no âmbito do Plano Estratégico de Financiamento Climático, aprovado este ano, apelando à flexibilização dos mecanismos de acesso para os países em desenvolvimento.
No plano diplomático, Chapo manteve encontros bilaterais com o Presidente brasileiro, Lula da Silva, e com representantes de empresas e instituições financeiras internacionais, visando reforçar a cooperação e atrair investimento.
“O Brasil tem uma vasta experiência em áreas como agricultura, energia, infra-estruturas e logística, sectores que queremos fortalecer na nossa cooperação”, sublinhou.
O estadista elogiou a decisão do Governo brasileiro de realizar a COP30 em Belém, no coração da Amazónia, classificando-a como “um gesto simbólico e ecológico de grande significado global”.
Chapo concluiu que a presença de Moçambique na conferência reforçou o compromisso com a agenda climática, estreitou parcerias internacionais e projectou o país como actor responsável e comprometido com o desenvolvimento sustentável.
(AIM)
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