Foto familia do Grupo Africano durante a Sétima Sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente
Maputo, 13 de Dez (AIM) – Moçambique reiterou, esta semana, em Nairobi, no Quénia, o seu compromisso firme com o combate a práticas de desenvolvimento insustentáveis na exploração de recursos naturais e noutras actividades socioeconómicas.
A abordagem moçambicana é baseada no consenso, na responsabilidade comum e no reforço do multilateralismo ambiental.
A posição foi apresentada pelo encarregado de negócios do Alto Comissariado de Moçambique no Quénia, Eduardo Zaqueu, que liderou o Grupo Africano durante a Sétima Sessão da Assembleia das Nações Unidas para o Ambiente (UNEA-7).
O encontro decorreu de 1 a 12 de Dezembro de 2025, sob o lema “Avançar soluções sustentáveis para um planeta resiliente”, reunindo Estados-membros para debater respostas globais aos desafios ambientais.
Segundo Eduardo Zaqueu, a realização da UNEA-7 constituiu “uma plataforma valiosa para a interacção, reflexão, troca de pontos de vista e tomada de decisões sobre questões críticas da agenda ambiental global”.
Durante os doze dias de trabalhos, Moçambique assumiu a liderança dos debates do Grupo Africano, reiterando o seu compromisso com soluções construídas por consenso. O diplomata destacou que os debates foram intensos, resultando numa clara vontade política das partes envolvidas, em flexibilizar processos para alcançar resultados partilhados.
“A responsabilidade comum de proteger o ambiente pertence a todos os Estados-membros”, disse Zaqueu.
A fonte, sublinhou que África e Moçambique em particular, enfrentam desafios ambientais significativos, semelhantes aos de outras regiões do mundo, assegurando que, as preocupações têm sido consistentemente reportadas, com o objectivo de serem reflectidas nas resoluções aprovadas pela conferência de forma consensual.
Segundo o diplomata, apesar das restrições financeiras globais actuais, o Grupo Africano defendeu a necessidade de uma posição equilibrada, baseada no princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas, referindo-se à necessidade de financiamento adequado, transferência de tecnologia e reforço de capacidades.
“As resoluções só serão significativas se forem acompanhadas de meios de implementação robustos e previsíveis”, afirmou.
Moçambique reiterou o seu apoio à adopção de instrumentos consistentes que salvaguardem as prioridades nacionais de todos os Estados-membros e reforcem a arquitectura ambiental global, reafirmando o compromisso africano com um planeta saudável e um futuro sustentável para todos.
(AIM)
Paulino Checo
