
Presidente Daniel Chapo e comitiva durante a visita a FACIM 2025. Foto de Ferhat Momade
Marracuene (Moçambique) 25 Ago (AIM) – O governo moçambicano lançou hoje (25) o Fundo de Garantia Mutuária (FGM) que, numa primeira fase, comporta 40 milhões de dólares, financiados pelo Banco Mundial.
O Fundo enquadra-se na recuperação das Pequenas e Médias Empresas moçambicanas (PMEs) uma medida do Pacote de Medidas de Aceleração Económica (PAE) introduzida há três anos.
O PAE comporta um conjunto de 20 medidas de reforma que visam a retoma do crescimento económico que havia estagnado devido a uma série de factores endógenos e exógenos, entre os quais se destacam a pandemia da COVID-19, suspensão do apoio dos parceiros de cooperação ao Orçamento do Estado.
O lançamento do FGM teve lugar no pavilhão multiuso na Feira Internacional de Maputo (FACIM) posto administrativo de Ricatla, distrito de Marracuene, província meridional de Maputo, um evento testemunhado pelo Presidente da República, Daniel Chapo.
Falando durante o evento, Chapo disse que o fundo poderá beneficiar directamente cerca de 15 mil PMEs, formadas sobretudo por jovens.
“Este instrumento não é apenas um mecanismo financeiro; é uma ponte para a retoma da economia moçambicana (…) É uma oportunidade de transformar sonhos da nossa juventude em negócios e ideias em empregos para os jovens”, disse.
O Chefe do Estado enalteceu a adesão de bancos a iniciativa e encoraja outras instituições financeiras a seguirem o exemplo.
“Esperamos dos implementadores, mecanismos céleres, transparentes e inclusivos, para que o Fundo chegue rapidamente a quem dele mais necessita”, disse.
“Sabemos”, acrescentou o estadista, “que a falta de colaterais e as altas taxas de juro têm sido barreiras quase intransponíveis para as pequenas e médias empresas, que representam o coração do tecido empresarial nacional, daí a criação deste Fundo, especificamente dedicado às pequenas e médias empresas, porque fazem 90 por cento da dinamização da nossa economia, da geração de renda, do emprego, principalmente para a juventude”.
A escolha da FACIM como palco para o lançamento, segundo Chapo, não é casual.
“É aqui, na maior e mais importante montra promocional do país, que reafirmamos o empenho do Estado moçambicano e do governo da República de Moçambique que estamos a liderar em massificar o acesso a este instrumento e a viabilizar o financiamento às nossas empresas nacionais, em particular as pequenas e médias empresas”, explicou.
A 60ª edição da FACIM encerra próximo domingo e conta com um total de 2.350 expositores moçambicanos e 800 estrangeiros, provenientes de 30 países do mundo inteiro.
O lema da presente edição é: “Promovendo a Diversificação Económica rumo ao Desenvolvimento Sustentável e Competitivo de Moçambique”
(AIM)
Ac/sg