Maputo, 21 Ago (AIM)- A construção da primeira unidade de produção de gás de cozinha em Moçambique, em Temane, província meridional de Inhambane, regista avanço significativo, esperando-se que a produção inicie no próximo ano.
Esta unidade terá capacidade para 23 milhões de Gigajoules de gás natural por ano, que vai resultar, por sua vez, em 30 mil toneladas de gás de cozinha anualmente.
A produção do GPL, designado gás de cozinha, vai responder a cerca de 70 por cento das necessidades do país, abrindo-se também a possibilidade de exportação para os países da região, num investimento orçado em 760 milhões de dólares norte-americanos.
“Trata-se de uma unidade que irá impulsionar o programa nacional de massificação do uso do Gás de Petróleo Liquefeito (GPL)”, referiu semana finda, na cidade nortenha de Lichinga, o ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, no encerramento do VIII Conselho Coordenador do pelouro.
Segundo o “Notícias”, sem avançar detalhes sobre a fase das obras, o governante frisou que esta unidade representará uma mais-valia na monetização do gás natural, contribuindo para a redução das importações.
Como efeito colateral do empreendimento, espera-se a criação de oportunidades de negócios em toda a sua cadeia de valor, desde a produção, transporte, armazenamento, enchimento até distribuição e revenda ao público.
Nesta fase da construção, a fábrica deverá assegurar até cerca de três mil empregos, além de que os moçambicanos irão beneficiar directamente dos resultados da exploração de hidrocarbonetos no país.
O projecto resulta da materialização do contrato de partilha de produção que envolve a multinacional sul-africana Sasol, que opera na província de Inhambane, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) e a Electricidade de Moçambique (EDM).
O referido contrato também permitirá a geração de energia na Central Térmica de Temane, numa parceria entre a EDM, Sasol e GLOBELEC.
O investimento para este projecto é de 650 milhões de dólares norte-americanos para gerar 450 Megawatts.
(AIM)
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