Maputo, 03 Jan (AIM) – A Conferência Episcopal de Moçambique (CEM) reprova a união entre pessoas do mesmo género, que considera de uma afronta às sagradas escrituras.
O posicionamento foi expresso hoje, pelo Arcebispo de Maputo, Dom João Carlos, no programa “Café da Manhã” da Rádio Moçambique, emissora nacional, falando em torno da decisão da CEM não avançar uniões entre pessoas do mesmo género.
“Primeiro é inconcebível na Bíblia ver um casal, seja homem com homem ou mulher com mulher. Deus fez o homem e fez a mulher e os dois para se unirem e se multiplicarem. Então a nível bíblico não há dúvida que não é possível esse casamento ou esse matrimónio”, explica Dom João Carlos.
“Segundo, as pessoas que vivem em situação irregular outra questão. Não estamos a dizer que só é irregular homem com homem ou mulher com mulher, mas é irregular também aquilo que nós chamamos de casa um e casa dois, polígamos”, acrescentou.
O Arcebispo de Maputo disse que o facto de o CEM não abençoar as uniões entre pessoas do mesmo género, isso não pode constituir motivo para a sua exclusão da sociedade ou serem alvos de actos violentos.
“É importante não colocar essas pessoas a margem da igreja como se não fossem filhos de Deus. Até porque muitos têm sentimentos justos, sentimentos bom. Também querem participar na vida, colaborar, ajudar no bem, na justiça, no amor, etc entendem”, avançou.
Explicou ainda que a decisão tomada pela CEM de não abençoar uniões entre pessoas do mesmo género não fere o posicionamento do Papa Francisco. “Nem estávamos aí pensando como vamos contrariar o Papa”.
(AIM)
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