
Campos de producao de cana de acucar e banana do sector familiar na Vila da Manhica, ainda inundados no periodo pos cheias. Foto de Ferhat Momade
Maputo, 03 Jan (AIM) – O Instituto Nacional de Redução de Riscos de Desastres (INGD) adverte que algumas regiões dos distritos de Magude, Manhiça e Marracuene, na província meridional de Maputo, em Moçambique, estão intransitáveis devido a subida o nível das águas do rio Incomáti resultante do aumento das descargas nos países vizinhos.
Por isso, o INGD já está a tomar algumas providências para evitar o isolamento de algumas regiões, face a subida dos níveis dos caudais das principais bacias hidrográficas da província de Maputo.
As medidas incluem o reposicionamento de embarcações para responder a eventuais casos de isolamento de algumas comunidades na sequência da subida dos caudais naquela região.
A informação foi avançada pela delegada provincial no INGD em Maputo, Sara Matchie, falando sobre o nível de prontidão para fazer frente a subida dos caudais das principais bacias hidrográficas da região.
A fonte explica que, actualmente, decorre um levantamento para avaliar as necessidades de cada região.
Explicou que informações disponíveis indicam que a maioria das barragens localizadas a montante da província de Maputo registam um grau de enchimento de 90 por cento da capacidade de armazenamento. Isso quer dizer que se houver chuvas nos países de montante poderá ser necessário incrementar as descargas para garantir a integridade das barragens.
Aliás, a precipitação que se regista nos países a montante aliada a precipitação que se regista a nível nacional propiciou o alagamento de algumas regiões.
Por isso, no distrito da Manhiça e Magude há indicação de alguma intransitabilidade em Marracuene e o INGD está a monitorar a transitabilidade em Mazambanine, distrito de Boane.
Matchie salienta que da monitoria feita há o registo de cerca de mil hectares inundados nos distritos de Manhiça e Magude.
Sublinha que até ao momento não há alerta de eventos extremos a nível da província de Maputo, e apela a população para que se mantenha em estado de prontidão.
“É importante realçar que ainda não temos nenhum alerta de eventos extremos, mas, mesmo assim, já estamos a desencadear aquilo que são as acções para que possamos minimizar os impactos referentes a presente época chuvosa”, disse.
(AIM)
FG/sg