Maputo, 31 Jan (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) manifestou esta quarta feira, em Maputo, o desejo de estabelecer uma cooperação internacional com vista estancar a onda de raptos de empresários nacionais e estrangeiros.
A preocupação foi expressa pelos porta-vozes da CTA, Zuneid Calunias e Adelino Buque, durante um encontro que decorre em Maputo, visando encontrar novas estratégias de combate aos sequestros e raptos que tem estado a afectar, negativamente, o ambiente de negócio em Moçambique.
Segundo Zuneid Calunias, o Conselho Directivo da sua agremiação convocou os empresários no sentido de auscultá-los.
“Tem havido muitas ideias, sugestões e iniciativas para unir sinergias e encontrar soluções do problema”, disse.
O pronunciamento do Conselho Directivo da CTA surge na sequência da retoma, recentemente, da onda de raptos e sequestros no país.
“Na verdade, existem muitas propostas e maior parte delas são experiências de outros países que lidaram com problemas de raptos, mas todas convergem na intervenção de instituições que têm capacidade para lidar com este tipo de crime. Nós vamos privilegiar o diálogo para tentar resolver o problema”, explicou.
Questionado sobre informações postas a circular nas redes sociais, dando conta que alguns empresários que haviam sido raptados e resgatados, mantêm contacto com os raptores, pagando taxas de livre circulação, Zuneid Calunias respondeu: “Na verdade, temos conhecimento, como imprensa a tem, através das redes sociais, que de facto existe essa situação, mas não temos confirmação de nenhum empresário”.
Por seu turno, Adelino Buque, também porta-voz do encontro dos empresários, disse que uma das exigências que o sector privado vem fazendo tem a ver com a operacionalização da brigada anti-rapto.
“Esta brigada foi anunciada através do governo. Já faz muito tempo, 12 anos, com raptores a funcionar e uma brigada anti-rapto não activa, é uma grande preocupação”, lamentou.
Buque revelou ainda que a CTA tem um pelouro que representa o sector de segurança, que trabalha com o governo e o seu parceiro é o Ministério do Interior.
Para o caso específico de raptos, a CTA está a desenhar um plano conjunto que, brevemente, será submetido ao governo.
(AIM)
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