
Presidente da Câmara de Comércio de Moçambique, Álvaro Massingue
Maputo, 07 Abr (AIM) – O presidente de Câmara de Comércio de Moçambique (CCM), Álvaro Massingue, nega as acusações postas a circular sobre uma alegada tentativa de interferência nas eleições internas da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), agendadas para 8 de Maio próximo.
Em comunicado enviado á AIM, o Conselho Directivo da CTA acusa Álvaro Massingue que é, simultaneamente, presidente da CCM e um dos candidatos à presidência da CTA, de tentativa de manipular as eleições internas daquela agremiação, num processo que vai agora para a fase da pré-campanha.
O Conselho Directivo considera que os actos praticados por Massingue evidenciam intenção deliberada de manipular o processo eleitoral, através de um esquema de regularização massiva de quotas com fundos de origem obscura, afectando a integridade institucional da CTA e ferindo o princípio da equidade e da transparência, lê-se na nota de acusação do Conselho Directivo da CTA.
A agremiação dos empresários explicou, em documentos e anexos, que Massingue teria pago quotas de cerca de 34 associações, com o objectivo de aliciar e influenciar o sentido do voto nas próximas eleições, para um escrutínio em que, até ao momento, está também formalizada a candidatura do empresário Lineu Candeeiro.
“O senhor Álvaro Massingue decidiu proceder ao pagamento, por conta própria, das quotas devidas por cerca de 34 associações, como forma de aliciar e comprar o voto destas na próxima assembleia eleitoral”, diz a CTA.
Em reacção às acusações, a CCM – presidida por Massingue – nega qualquer envolvimento com as irregularidades mencionadas pela CTA e diz que a acusação sobre tais práticas “é infundada, difamatória e carece de qualquer respaldo jurídico ou factual”.
“Conforme a CCM, face à gravidade das acusações e à exposição indevida do nome do Dr. Álvaro Massingue, será apresentada uma resposta formal, em sede própria; serão requeridas as devidas responsabilizações legais contra os autores das acusações falsas e prejudiciais à sua honra e reputação”, refere a CCM em comunicado.
Refira-se que esta é a segunda vez que Massingue concorre à presidência da CTA, depois de derrotado em 2020. A data para a eleição deste ano foi decidida pela 5ª Secção Cível do Tribunal Judicial do Distrito de Ka Mpfumo, na Cidade de Maputo, num escrutínio em que o vencedor deverá substituir Agostinho Vuma.
(AIM)
Sc/sg