Maputo, 16 Fev (AIM) – A Universidade Pedagógica de Maputo (UP-Maputo) lançou hoje (16), na capital moçambicana, o projecto “TIPOTE” sigla inglesa que significa “Rumo a uma formação de professores em matéria de educação inclusiva.
Orçado em 800 mil euros, o projecto é financiado pelo Ministério de Relações Exteriores da Finlândia e tem como objectivo formar professores que vão trabalhar no futuro com pessoas com necessidades educativas especiais.
Para a sua implementação, o projecto que conta com o apoio técnico das universidades finlandesa de Lapónia e JAMK Yvaskuula.
Numa fase piloto a iniciativa abrange apenas a província de Maputo.
Para o efeito, serão constituídos dois centros de formação, o primeiro irá funcionar na UP-Maputo e o segundo no edifício do Instituto Superior de Educação e Tecnologia (ISET-One World), no distrito de Namaacha.
“Se nós já temos dificuldades de conseguir formar estudantes em condições normais, significa que é duas vezes mais difícil e mais complicado formar estudantes com alguma necessidade educativa especial”, explicou o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão.
O desafio é promover a formação e, gradualmente, efectuar a aquisição de novos software, hardware e através deles iniciar a disseminação em todo o país.
Jorge Ferrão revelou que a UP-Maputo assume que deve continuar a melhorar as condições de modo a atender o desafio.
“Fazer um ensino para quem é visual é difícil, para quem é surdo, mais complexo ainda, estamos a tentar buscar experiências de parceiros, como é o caso das universidades finlandesa que trabalham nesta condição há muito tempo”, disse o reitor.
Referiu que, actualmente, a Finlândia é o maior parceiro da Universidade Pedagógica quer em investimentos, recursos e capital humano.
O docente da UP-Maputo e um dos mentores do projecto, Alberto Boane, disse que neste momento decorre a formação de 20 professores/especialistas da UP e ISET-One World.
A docente do ISET-One World-Changalane, Vánia Carlos Muholove, explicou que o projecto permitirá a interacção e partilha de experiência com outros países.
“Está ser uma experiência muito boa, esperamos ter informações sobre como lidar, incluir alunos com necessidades educativas especiais”, afirmou.
(AIM)
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