Maputo, 23 Fev (AIM) – O Porto de Maputo, na capital moçambicana, vai beneficiar de um investimento acima de dois mil milhões de dólares, ao longo dos próximos 25 anos, para melhorar as infra-estruturas portuárias com destaque para o aumento da capacidade do terminal de contentores e carvão.
Para o efeito, foi assinado hoje, em Maputo, uma adenda ao contrato de concessão à Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), por um período adicional de 25 anos, contados a partir do ano 2033.
Assinaram o acordo o vice-Ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, e Presidente do Conselho de Administração da Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC), Osório Lucas.
A extensão de concessão acordada com o governo moçambicano visa a melhoria das infra-estruturas portuárias com destaque para o aumento da capacidade do terminal de contentores e de carvão.
Para o mesmo período, projecta-se benefícios directos para a economia nacional, incluindo mais de oito mil milhões de dólares em rendas, dividendos e impostos directos, bem como a geração de mais de 1.000 empregos directos e 5.000 indirectos, que vão contribuir significativamente para o desenvolvimento socioeconómico do país.
“Como parte da extensão da concessão, estão previstos investimentos sociais estruturantes que trarão inúmeros benefícios tangíveis e intangíveis para as comunidades locais e para o país como um todo. Estes investimentos serão executados nos primeiros 10 anos”, disse o vice-Ministro.
Segundo Alisson, por detrás do pedido do MPDC para a extensão do contrato de concessão, reside a urgência de investir em infra-estruturas devido a perda de algumas cargas por falta de capacidade instalada no porto, a conjuntura nacional favorável, incluindo a legislação aprovada no âmbito das medidas de aceleração económica (PAE).
A urgência deve-se ainda a oportunidade gerada pela situação logística actual na África do Sul, marcada um forte congestionamento dos portos, aliado ao reconhecimento de ambas partes, governo e MPDC, a necessidade de aumentar a capacidade e robustez das infra-estruturas.
Alissone deixou um apelo aos Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e as entidades gestoras da fronteira para alinharem os seus investimentos e juntar sinergias ao Porto de Maputo, para o aproveitamento pleno dos investimentos que irão acontecer nos próximos anos nas infra-estruturas portuárias.
Já a Trans African Concessions (TRAC) recomendou a ampliar a Estrada Nacional Número 4, que liga a capital moçambicana a cidade sul-africana de Witbank.
Por sua vez, Lucas disse que, desde o início da concessão em 2003 a esta parte, a MPDC já investiu mais de 835 milhões de dólares em infra-estruturas, equipamentos de última geração, desenvolvimento do capital humano e sistemas de automação.
Segundo a fonte, o investimento fortaleceu a capacidade operacional do porto e impulsionou o crescimento económico de toda a região. O testemunho disso é o crescimento exponencial da carga manuseada pelo Porto de Maputo, impulsionado pelo compromisso e investimento contínuo da MPDC.
(AIM)
(Nelucia Manhiça) NL/sg