
Barco de resgate. Foto arquivo
Maputo, 27 Fev (AIM) – O governo moçambicano decretou hoje (27) Alerta Laranja, que permite desencadear um conjunto de medidas para assistir as vítimas das inundações que se registam em algumas regiões no país, influenciadas pelo fenómeno El-Niño.
O alerta surge devido a época chuvosa e ciclónica 2023-2024, que o país atravessa desde Outubro último, marcada por chuvas acima do normal nas regiões centro e norte.
Falando no habitual briefing à imprensa, minutos após o término da 5ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, o porta-voz daquele órgão de soberania, Filimão Suaze, explicou que o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) vai activar os centros operativos de emergência a nível nacional e distrital, incluindo a mobilização de recursos humanos, materiais e financeiros para os locais estratégicos.
O alerta, segundo Suaze, que é também vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, visa também a intensificar o apelo às populações a abandonar as zonas de risco para as mais seguras.
“São razões mediantes que nós decretemos o Alerta Laranja é que podemos legalmente encontrar as condições criadas para uma série de acções, é por isso que entendemos que estavam criadas as condições para se decretar o Alerta Laranja”, disse.
Havendo muita escassez de chuva na região sul do país, e chuvas acima do normal no centro e norte, pode, segundo o porta-voz, determina que o governo tenha consequências à curto e médio prazos.
“Queremos nos antecipar de modo que possamos criar condições”, vincou.
As projecções do Plano de Contingência para a presente época chuvosa e ciclónica, que termina em Março próximo, indicam que cerca de 2,5 milhões de pessoas em todo o país.
As autoridades nacionais apontam que desde o início da época chuvosa e ciclónica há o registo de pelo menos 69 mortes, a maior parte das quais na província central da Zambézia (22), tendo como principais causas descargas atmosféricas, desabamento de paredes e afogamento.
No mesmo período, 62 pessoas ficaram feridas, 3.702 casas ficaram parcial e totalmente destruídas e outras 2.358 inundadas.
O mau tempo destruiu também 177 salas de aula e afectou 60 escolas, 13.283 alunos e 157 professores.
(AIM)
Ac/sg