
Mesa redonda “Catalisando a Transformação da Agricultura de Pequena Escala através dos Corredores de Desenvolvimento”.
Maputo, 27 Fev (AIM) – O executivo moçambicano está a implementar vários projectos ao longo dos corredores de desenvolvimento, com maior enfoque no Corredor de Nacala, graças a um financiamento do Banco Mundial, no valor de 230 milhões de dólares, concedido em 2022 .
Segundo o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações, Ambrósio Adolfo Sitoe, o projecto do aumento do comércio e melhoria da conectividade na África Austral ajudou a incrementar o volume da carga equivalente a 100 mil contentores de vinte pés para 252 mil por ano
O financiamento também permitiu a reabilitação de infra-estruturas ferroviárias, aeroportuárias, desenvolvimento de 352 quilómetros de estradas alimentadoras que partem da zona de produção para alimentar a espinha dorsal que é a estrada do Corredor de Nacala e respectiva linha férrea.
Sitoe anunciou o facto hoje (27) em Maputo, durante uma mesa redonda organizada pelo Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), em parceria com a OXFAM Moçambique e a Associação de Apoio ao Desenvolvimento (NANA) subordinado ao tema “Catalisando a Transformação da Agricultura de Pequena Escala através dos Corredores de Desenvolvimento”.
“Mesmo com os desenvolvimento recentes que foram realizados no país, continua sendo fraca a troca comercial entre países vizinhos, especificamente com Malawi”, disse a fonte.
Explicou ainda que o Corredor de Desenvolvimento de Maputo está crescer em termos de manuseamento de carga, tendo em conta que desde 2003 que manuseava cinco milhões de toneladas por ano, passou a manusear mais de 31 milhões de toneladas, como resultado de vários investimentos que estão sendo feito tanto no porto bem como corredores de desenvolvimento.
Sobre manuseamento de carga nos portos do país, disse haver um crescimento positivo em termos de carga manuseada.
O Porto da Beira, na capital da província de Sofala, foi um dos classificados pelo Banco Mundial como corredor eficiente.
Já o Porto de Nacala, a inauguração da infra-estrutura nova permitiu a entrada de navios de grande porte e este facto aumenta o potencial do país de suprir a demanda a nível carga nacional e regional.
Por seu turno Salvado Raisse, pesquisador e coordenador do programa no CDD, disse que o debate levanta-se devido aos problemas de comercialização agrícolas que, sistematicamente, têm sido levantados sobretudo na agricultura de pequena escala.
“Com este evento pretendemos gerar consensos sobre o papel dos corredores de desenvolvimento no processo da comercialização agrária, principalmente para o sector agrícola. Vimos o interesse, mas a sua aplicabilidade tem sido um dos principais problemas”, disse.
(AIM)
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