Maputo, 29 Fev (AIM) – O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, afirma que as reformas em curso nas Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) devem-se aos problemas que a companhia de bandeira nacional enfrenta nos últimos tempos.
As declarações do ministro, proferidas esta quinta-feira (29), em Maputo, surgem na sequência da cessação de João Carlos Pó Jorge, do cargo de director-geral das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
O ministro falava a margem de uma reunião de reflexão sobre adopção de energias limpas para os transportes em Moçambique.
A exoneração de Pó Jorge foi uma das deliberações do Conselho de Administração da LAM, reunida quinta-feira em sessão ordinária, refere um comunicado assinado pela Presidente do Conselho de Administração da empresa, Ana Coanai.
Em sua substituição foi nomeado Theunis Crous, gestor da empresa de consultoria Sul-africana Fly Modern Ark “com efeitos a partir do dia 29 de Fevereiro de 2024, até ao dia 30 de Abril do presente ano, ou até a decisão sobre o contrato com a Fly Modern Ark”.
Questionado se a indicação do gestor da consultora sul-africana era o melhor modelo, Magala respondeu “o governo tomou a iniciativa de introduzir reformas na LAM. Foi o próprio governo, não foi imposto por ninguém. O governo veio e disse que observamos o serviço das Linhas Aéreas, ouvimos o que o povo também está dizer, o que os operadores estão a dizer e achamos que temos que fazer reformas”.
Segundo Magala, no caso concreto das LAM as reformas estão ocorrer porque são necessárias. “Temos capacidade suficiente, podemos ir a muitos destinos dentro e fora do país, podemos praticar preços confortáveis, temos qualidade de serviço que queremos, tem uma gestão privada e outros “.
Explicou que muitas vezes a confusão acontece porque nas empresas públicas algumas pessoas pensam que são departamentos de ministérios.
Segundo o ministro as empresas públicas têm uma gestão privada que deve obedecer o princípio de fazer dinheiro, reduzir os custos, ter desempenho financeiro operacional e seguir as melhores práticas.
“É importante esclarecer estas questões, porque é através deste tipo de convívio, desta conversa com profissionais de comunicação, que conseguimos repor a verdade ou explicar melhor às pessoas”, acrescentou.
(AIM)