Maputo, 23 Mar (AIM) – O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) afirma que subiu de sete para 20 o número de óbitos vítimas da Tempestade Tropical Severa “Filipo” que, há cerca de duas semanas, devastou as regiões centro e sul de Moçambique.
Dados preliminares do sector indicam que o temporal afectou igualmente mais de 50 mil pessoas causando ferimentos a outras 71.
O mau tempo deixou ainda 149 casas totalmente destruídas e 2.700 parcialmente danificadas e cerca de 6.800 residências inundadas.
A intempérie afectou igualmente 271 escolas e 73 unidades sanitárias, tendo atingido uma área de 26 mil hectares de culturas diversas.
Os dados foram avançados hoje, em Maputo, pela porta-voz do (INGD), Nelma de Araújo, no programa “Linha Directa” da Rádio Moçambique, emissora nacional.
A fonte sublinhou que, actualmente, decorrem acções no terreno de assistência às famílias afectadas.
“Em termos de resposta importa referir que foram destacadas equipas do Conselho Técnico Distrital de Gestão de Riscos de Desastres para visitar as zonas afectadas e aferir o ponto de situação. Também foi feito o sobrevoo a alguns distritos da província de Inhambane e incluímos Machanga na província de Sofala. Inhambane falamos de Massinga, Inhassoro e Maxixe”, explicou de Araújo.
“Quanto a questão de reassentamento nós estamos a trabalhar em coordenação com o Ministério da Terra e Ambiente (MTA), mas também com os municípios, os distritos. A nível de Boane foram reassentadas as famílias e tiveram famílias que estiveram a apoiar o INGD em termos de material de abrigo e bens alimentares”, vincou.
A porta-voz do INAM disse que para ajudar na limpeza e montagem das tendas foi mobilizado um carro reboque para o auxílio e flexibilização dos trabalhos.
“Nós sabemos que a nível da cidade de Maputo tivemos danos e inundações, mas nós temos famílias que já estão em cinco centros de acomodação desde o ano passado e, segundo a delegação da cidade, em coordenação com o município também já foi identificado o espaço também para reassentar essas famílias”, disse.
Salientou que antes do “Filipo” tínhamos cinco centros de acomodação 205 famílias e depois deste subiu para 215”.
Nelma de Araújo salientou que trabalhos ainda decorrerem no terreno para o levantamento de danos causados por este fenómeno climático.
(AIM)
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