Maputo, 22 Mar (AIM) – As autoridades de saúde na província central de Tete reportaram a morte de 16 crianças no ano de 2023, devido a desnutrição crónica o que representa uma redução em um caso, comparando com o período similar do ano de 2022, onde a província registou 17 óbitos em menores.
Os dados foram apresentados na vila de Songo, distrito de Cahora Bassa, na reunião do sector da saúde, onde faziam o balanço do sector de nutrição na província.
O director de Saúde em Tete, Alex Bertil disse que a província registou no ano passado 7.860 casos de desnutrição, contra 10.210 do ano de 2022.
Para Bertil, os números desafiam os que trabalham na componente de nutrição na província, onde a desnutrição aguda está em 3,4 por cento e a crónica em cerca de 36 por cento.
“Esta reunião decorre num momento certo para que de forma clara e objectiva avaliemos e identifiquemos as barreiras que temos enfrentado no dia-a-dia para o sucesso deste nosso e reposto programa”, disse Bertil citado pela Radio Moçambique, emissora nacional.
“A minha expectativa é que juntos encontremos soluções de impacto que contribuem para o desempenho do programa e a redução dos casos de desnutrição na nossa província”, acrescentou.
Por seu turno, a representante do Ministério da Saúde (MISAU), Cátia Mangujo, apontou as desigualdades sociais, crises ambientais, epidemias de saúde, como factores que tem estado a afectar negativamente as famílias moçambicanas concorrendo para a desnutrição.
“É fundamental que as nossas contribuições sejam baseadas na comunidade adaptadas as necessidades e realidades locais. Devemos envolver activamente a comunidade capacitando-a para que sejam agentes da mudança em sua própria saúde e nutrição”, anotou.
Mangujo considerou de frágil a situação nutricional das crianças em todo o território moçambicano com a prevalência combinada da desnutrição aguda de 5,2 por cento e a grave de 4,0 por cento.
(AIM)
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