Maputo, 09 Abr (AIM) – As autoridades moçambicanas detiveram pelo menos 923 cidadãos moçambicanos e estrangeiros, por tráfico ilícito de drogas, durante o ano de 2023.
No mesmo período as autoridades apreenderam 3.596 quilos de drogas e incineradas cerca de 2,5 toneladas de diversas drogas e destruídas várias machambas de cannabis sativa, vulgo soruma.
Os dados constam de um relatório anual sobre a evolução do consumo e tráfico ilícitos de drogas, registado em Moçambique, em 2023, aprovado durante a 11ª sessão ordinária do Conselho de Ministros, evento que teve lugar terça-feira (09) em Maputo.
O governo vai submeter o relatório à Assembleia da República (AR) o parlamento moçambicano, para apreciação.
Falando no habitual briefing à imprensa, minutos após a sessão, o porta-voz do Conselho de Ministros, Filimão Suaze, explicou que as autoridades sanitárias reintegraram 1.034 usuários de droga, o que corresponde a uma subida de 30 por cento, comparativamente ao ano de 2022.
Suaze, que igualmente é vice-ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, revelou que as autoridades efectuaram ainda 1.933 visitas domiciliárias de apoio psico-social aos consumidores de drogas, contra 1.580 realizadas em 2022, o que representa um aumento de 24,79 por cento.
As unidades sanitárias que prestam serviços de psiquiatria e saúde mental, atenderam 13.479 mil pacientes com perturbações mentais, e de comportamentos decorrentes do uso de substâncias psico-trópicas.
“As múltiplas substâncias, o álcool, a cannabis sativa, continuam a ser as principais causas da procura de atendimento médico por seu uso abusivo”, disse Suaze.
Mesmo com a realização de 19.850 palestras, que abrangeram mais de 1.970 mil pessoas, o que corresponde a um crescimento de 15,51 por cento, comparativamente ao 2022.
“Houve um incremento do número de iniciativas de sensibilização e consciencialização da sociedade, em particular dos adolescentes e jovens sobre os malefícios do uso de drogas”, afirmou Suaze.
Apontou o empenho das instituições do Estado, organizações não-governamentais, activistas de sociedade civil, em travar o consumo de drogas em todo o território nacional.
O relatório anual é produzido pelo Gabinete Central de Prevenção e Combate à Droga.
(AIM)
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