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Maputo, 9 Abril (AIM) – Num gesto de solidariedade, o Jardim Mary Urilike Kindergarten, baseado no bairro de Hulene “A” , distrito municipal Ka Mavota, na cidade de Maputo, está apoiar um grupo de seis famílias que ficaram sem abrigo devido ao impacto das inundações associadas as enxurradas que se fazem sentir nos últimos dias na cidade de Maputo.
Segundo proprietário do Centro Infantil Mary Urilike Kindergarten, Fernando Guila, o seu estabelecimento de ensino, sito no quarteirão 55, funciona em Hulene, há cerca de 20 anos e conta actualmente com 45 petizes.
“A solidariedade, humanidade, misericórdia dos nossos vizinhos é importante, não faria sentido nós fecharmos isto e atendermos apenas as crianças, olhamos esta parte humana que é de ajudar as pessoas, proteger os seus bens e naquilo que pudermos. O centro não é assim tão grande, mas ajudamos “.
Além de abrigo, o centro também apoia as famílias acomodadas com alimentação.
Guila fez saber que o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), já esteve no seu estabelecimento para fazer um levantamento do número de famílias acomodadas no centro e provenientes do quarteirão B em Hulene.
Lídia Nuvunga, residente do quarteirão 55, diz que a sua residência está totalmente inundada e, por isso, solicita apoio do governo para encontrar um outro espaço mais seguro.
” Graças a pessoas de boa vontade, estou acomodada num estabelecimento comercial (barraca), os meus irmãos foram acomodados no centro infantil, precisamos de ajuda “.
Outra vítima de inundação, identificada como sendo Leta Arnaldo, disse estar abrigada no centro infantil porque não tem onde ficar, pelo facto de a sua residência estar submersa.
“Perdi quase tudo e vivo com quatro netos. Todos recorremos àquele centro infantil. Por isso, pedimos comida e abrigo, ou mesmo terreno. Qualquer coisa que sirva para poder instalar-me”, disse Leta Arnaldo.
Por seu turno, Ana Ernesto Txuma, também residente no Hulene, 77 anos de idade, diz que a sua casa desabou e está inundada.
“Estou numa situação crítica porque estou num compartimento submerso, o Chefe do quarteirão já testemunhou a minha situação, necessito de ajuda “.
Refira-se que em Hulene A e B, muitas residências continuam submersas e algumas famílias estão a procura de abrigo noutros bairros.
A reportagem da AIM tentou ouvir o Secretário Administrativo do Bairro de Hulene, no distrito municipal Ka Mavota, algo que não foi possível pois este encontrava-se ausente em mais uma jornada de trabalho.
(AIM)
MR/sg