Maputo, 10 Abr (AIM) – Moçambique e Angola projectam explorar mais destinos para satisfazer a crescente demanda e impulsionar o desenvolvimento económico entre os dois países.
Para o efeito, o Presidente do Instituto Nacional de Aviação Civil (IACM), João de Abreu e a Presidente do Conselho de Administração (PCA) da Autoridade Nacional de Aviação Civil de Angola (ANAC), Amélia Kuvíngua, rubricaram, hoje em Maputo, um memorando de cooperação, entre os dois países, em matéria de Aviação Civil.
Neste âmbito, as Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) poderão estender seus voos para além da capital angolana Luanda e voar para outras capitais provinciais.
Já no espaço aéreo nacional, as Linhas Aéreas de Angola (TAAG) poderão também estender seus voos para além de Maputo.
“Não haverá problemas se um dia a TAAG quiser voar para a Beira, Pemba. Se quiser voar para um dos nossos pontos, e na reciprocidade, também não haverá problemas se quisermos voar para Luanda para um dos grandes aeroportos que existe agora que é o Agostinho Neto e podemos voar para outros destinos em Angola”, disse De Abreu.
O memorando, oficializa a compartilha de voos que já se encontra em andamento, entre os passageiros das duas operadoras com destino para alguns pontos de África ou do resto do mundo, onde uma ou outra companhia esteja a operar.
Por sua vez, Amélia Kuvíngua disse que as autoridades de aviação dos dois países estão a trabalhar bem alinhados com a política da Organização Internacional da Aviação Civil (OIAC), não permitido que nenhum país fique para trás.
“Com esta cooperação, vamo-nos complementar naquilo que estiver ausente no lado de Angola, preencher com as competências de lado de Moçambique e vice-versa”, disse.
Explicou ainda que mesmo antes da formalização desta cooperação, Moçambique desempenhou um papel importante durante a auditoria feita pela organização da Internacional de Aviação Civil (OIAC).
“Durante a auditoria que Angola viveu em 2022 também contou muito com apoio de cooperação técnica de Moçambique que permitiu que pudéssemos elevar aquilo que é nossa implementação efectiva com os padrões e normas recomendadas pela organização da Aviação Civil Internacional”.
O Memorando estabelece os termos e condições sob as quais as Partes poderão expandir e aprofundar acções de cooperação técnica e intercâmbio de conhecimento e melhores práticas, no que se refere ao desenvolvimento, modernização, operação e manutenção do sistema de aviação civil de ambos os países, bem como a melhoria e o funcionamento institucional entre si.
Refira-se que a luz desde acordo, a TAAG aumenta de um para quatro, o número de voos semanais e neste momento as duas companhias exploram a modalidade de partilha de voos que permite que os passageiros que tenham o mesmo destino, possam usar um ou outro voo, reduzindo assim, os custos da operação e prover maior flexibilidade.
(AIM)
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