
Maputo, 22 Mai (AIM) – O governo moçambicano anunciou, hoje, que deverá ocorrer uma alteração dos parceiros da Área 4 da Bacia do Rovuma, no projecto Coral Sul FLNG implementado pelas concessionárias lideradas pela operadora MRV, que produz e exporta gás natural liquefeito (LNG) desde 2022, depois da descoberta de 77 trilhões de pés cúbicos de gás natural.
O anúncio foi feito através de um comunicado de imprensa do Ministério dos Recursos Minerais e Energia (MIREME), enviado à AIM.
No comunicado, o governo explica que a alteração resulta pelo facto de a Galp Energia, detentora de 10 por cento de interesse participativo através da Galp Energia Rovuma B.V., ter concluído um acordo para a venda dos seus ativos à favor da ADNOC, Empresa Nacional de Petróleo de Abu Dhabi.
Sendo que, em conformidade com a legislação em vigor no sector energético moçambicano, esta transacção está sujeita à aprovação dos parceiros da Área 4, bem como do governo que, através das autoridades competentes, deverá calcular as respectivas Mais-Valias.
Refira-se que, recentemente, os parceiros daquela área manifestaram interesse em desenvolver o Projecto Coral Norte FLNG, uma réplica do primeiro projecto, estando em processo de avaliação e aprovação pelo governo.
Ainda para a Área 4, foi também aprovado o Projecto Rovuma LNG, a ser desenvolvido em terra, este projecto tem em vista a produção e liquefação de gás natural a partir do campo Mamba, e o respectivo plano de desenvolvimento foi aprovado em Maio de 2019 e contempla a produção de cerca de 15.2 MTPA de Gás Natural Liquefeito, através de dois módulos de produção com a capacidade de cerca de 7.6 MTPA cada, em terra.
O investimento previsto para o projecto é de 23.6 biliões de dólares. Contudo, ainda não foi alcançada a decisão final de investimentos, esperando-se que ocorra logo que as condições de mercado estejam criadas.
Inicialmente, o anúncio da Decisão Final de Investimento estava programado para meados de 2020, mas as condições do mercado conduziram a cortes nas despesas de capital e operacionais das concessionárias, a realçar a queda dos preços do petróleo e derivados bem como a pandemia de COVID-19, motivaram o adiamento do anúncio da Decisão Final de Investimentos.
(AIM)
Paulino Checo (PC)/dt