
Nampula, (Moçambique), 22 Mai (AIM) – O Instituto de Investigação Agrária de Moçambique (IIAM), cujo centro zonal nordeste está baseado na nortenha província de Nampula, projecta, a breve trecho, libertar variedades de mandioca com alto nível de produtividade.
A informação foi prestada, esta quarta-feira, pelo delegado regional zonal, António Chamuene, que disse tratar-se de uma variedade que vai fazer subir de 20 para 30 toneladas por hectare desta cultura alimentar, base da dieta na província de Nampula.
Os dados foram partilhados após a visita do Secretário de Estado de Nampula, Jaime Neto, ao posto agronómico do IIAM em Nampula, que esteve acompanhado por um grupo de crianças que estudam numa escola situada nas proximidades daquele local.
“Está para breve a libertação de variedades de mandioca com alta performance. Antes produzia-se 20 toneladas por hectare e, com esta nova variedade, a quantidade varia entre 25 a 30 toneladas. Tem um ciclo relativamente mais curto, uma boa produção de folha com bom índice de vitamina e mais nutrientes. Neste momento, o material está na fase de testes a nível das zonas de produção da província de Nampula”, revelou Chamuene.
O investigador revelou ainda que já está em produção o gergelim com variedades que se destacam pelo seu alto rendimento.
“Falta apenas o lançamento. Eram 20 variedades, mas seis destacaram-se e são as preferidas. Neste momento, já estão no mercado. O rendimento anterior era de 750 a 800 quilos por hectare e agora estamos nos mil quilos. Estas plantas têm maior rendimento com propriedades com o elevado teor de óleo e tolerância ao ataque do besouro, que é um problema sério no país”, anotou.
Quanto às hortícolas, Chamuene explicou que o IIAM fornece semente melhorada a parceiros que se encarregam da sua produção e multiplicação para entregar aos produtores que recebem assistência de extensionistas do sector público.
O Secretário de Estado para Nampula destacou que o futuro da agricultura no país, depende da colaboração entre o governo, pesquisadores, agricultores e sociedade civil.
“Na nossa província, estamos empenhados em garantir que todas as famílias tenham acesso a alimentos nutritivos e suficientes. Para isso, trabalhamos em parceria com organizações locais e internacionais e o sector privado para implementar programas que combatam a fome e a desnutrição”, disse.
O governante instou o IIAM a “continuar com os esforços com vista a garantir a disponibilidade de semente melhorada, com variedades que se adaptem à atual realidade do país, pois grande parte da população tem a agricultura e a pecuária como principais fontes de alimentação e rendimento”.
O Dia Aberto do IIAM proporcionou uma visita guiada aos seus laboratórios e uma exposição onde foram evidenciadas as suas pesquisas.
(AIM)
Rosa Inguane(RI)/dt