
Dino Lopes, director de serviços de urgência no Hospital Central de Maputo
Maputo, 26 Jun (AIM) – O Hospital Central de Maputo (HCM), a maior unidade sanitária em Moçambique, regista uma média de três a cinco casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC) por dia.
Os casos mais frequentes ocorrem em jovens, a maioria dos quais são pacientes que conhecem os factores e risco, mas acabam ignorando as medidas de prevenção por vários motivos.
“Temos verificado, principalmente nesta época fria, o aumento do fluxo de pacientes (…), no que concerne às complicações cardiovasculares, temos em média três a cinco casos de AVC, o comummente chamado de Trombose, nas comunidades”, disse Dino Lopes, director de serviços de urgência no HCM.
Disse ainda que, porque o HCM não tem uma unidade para o tratamento de AVC, a ocorrência destes casos, nesta escala, acaba gerando uma grande pressão nos recursos humanos e materiais e os pacientes são obrigados a recorrer aos serviços intensivo, onde o número de leitos é exíguo para a demanda.
A fonte falava na manhã de hoje (26) em conferência de imprensa para actualizar o ponto de situação das doenças típicas da época que dão entrada nos serviços de urgência daquela unidade hospitalar.
Com relação aos casos de queimaduras, cujo número também sobe drasticamente nesta época do ano, o HCM regista em média diária um a dois pacientes, a maioria dos quais são crianças.
“Em relação às queimaduras, um caso que também nos preocupa, temos visto um aumento de um a dois casos por dia, principalmente na idade pediátrica”.
São queimaduras causadas por chamas ou água quente que, geralmente, comprometem a estética do paciente, numa situação em que o HCM não dispõe, também, de uma unidade para pacientes com queimaduras, o que faz com que os pacientes sejam atendidos na cirurgia plástica e noutras enfermarias.
Por isso, o director de serviços de urgência do HCM apela ao reforço das medidas de precaução para o caso de doenças evitáveis, principalmente aos pacientes com doenças crónicas.
(AIM)
SC/sg