
Porta-voz da Polícia da República de Moçambique, Leonel Muchina
Maputo, 29 Jun (AIM) – A Polícia da República de Moçambique (PRM) frustrou, na noite desta sexta-feira (28), mais uma tentativa de rapto, desta feita do proprietário de bombas de combustível e uma loja de conveniência na cidade de Maputo.
Segundo o porta-voz da PRM, Leonel Muchina, um agente da polícia foi baleado e encontra-se hospitalizado.
A tentativa de sequestro frustrado teve lugar numa bomba de combustível, situada nas proximidades da Praça da Organização da Mulher Moçambicana (OMM), a escassos metros de onde estavam posicionados agentes da PRM.
“O evento que ocorreu ontem (28) foi, sim, uma tentativa de rapto frustrada pelos agentes da PRM que se encontrava nas proximidades e num posicionamento táctico” disse Muchina, em conferência de imprensa.
O indivíduo que pretendia protagonizar o sequestro, quando se apercebeu da acção policial, tirou uma arma e disparou contra um dos agentes da PRM.
Segundo a polícia, o indivíduo tentou, depois, colocar-se em fuga e, numa perseguição, a polícia alvejou-o e momentos depois foi declarado em óbito.
A PRM disse ainda que, no local, foi apreendido uma arma de fogo de tipo pistola que continha três munições, sendo que dessas uma foi disparada ao ar e duas contra os agentes da polícia que tentavam abortar a acção.
A PRM não avançou dados sobre nacionalidades do agente económico, nem do meliante que pretendia executar o sequestro.
Refira-se que, na última quarta-feira, malfeitores ainda a monte raptaram Muhammad Mayet (45), empresário moçambicano de origem asiática por seis indivíduos que estavam munidos de pistolas e que o interceptaram na esquina das Avenidas Karl Marx e Ho Chi Minh, há pouco mais de uma centena de metros do Ministério do Interior e do Comando da Polícia da cidade de Maputo.
Em Abril último, a Procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, afirmou que a ausência da cooperação internacional é um dos maiores entraves na busca dos mandantes dos sequestros que se registam em Moçambique, sobretudo nos últimos quatro anos.
Aliás, o porta-voz da polícia reassumiu, hoje, que os autores morais desses crimes estão na vizinha África do Sul e parte das pessoas que executam os crimes também vem de fora.
(AIM)
Sc