
Provisão de serviços de saúde
Maputo, 28 Jun (AIM) – A Associação dos Profissionais da Saúde Unidos e Solidários de Moçambique (APSUSM) anunciou a prorrogação da suspensão da classe por um período adicional de 30 dias.
A coordenadora nacional da APSUSM, Júlia Chicaza, explicou em conferência de imprensa, havida esta sexta-feira (28), que a decisão deve-se aos avanços significativos na resolução das suas preocupações registados ao longo do processo negocial.
Por isso, a prorrogação da suspensão da greve permitirá ao Governo implementar acções concretos para a resolução paulatina das questões até Agosto próximo.
Entretanto, os profissionais de saúde acusam o Governo de, passados 30 dias da suspensão da última greve, de 29 de Abril, ter arquitectado manobras e truques com a intenção de roubar tempo e, deste modo fazer atrasar o processo de efectivação dos acordos firmados em virtude de se fazer correcções das falhas propositadamente criadas.
“Durante as várias actualizações da greve que fomos dando à imprensa referimos que os profissionais aderentes estavam sendo transferidos. Mesmo após o anúncio da suspensão da greve, as transferências continuaram de forma massiva”, informou.
A fonte reportou que, a par disto, também houve destituições igualmente massivas daqueles que aderiram a greve.
“Submetemos cartas impugnatórias destes actos e indagamos aos Serviços Provinciais de Saúde (SPS) sobre estas ilegalidades. Para o nosso espanto, a direcção dos SPS alegou desconhecer tais transferências e muito menos as suas motivações”, explicou.
Num outro desenvolvimento, a APSUSM considera o Governo “incapaz de assumir as suas orientações ilegais”.
“Gostaríamos de lembrar ao Governo que não abriremos mão do (Equipamento de Protecção Individual (EPI), dos medicamentos e material médico cirúrgico, do combustível para as ambulâncias, alimentação nas nossas unidades sanitárias e reenquadramento dos profissionais de saúde”, concluiu.
(AIM)
NL/sg