
Presidente da República, Filipe Nyusi
Nyusi expõe ao mundo árabe oportunidades de investimento em Moçambique
Maputo, 24 Jul (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, convida os empresários da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Omã e de outros países árabes a investirem em Moçambique e aproveitarem as oportunidades existentes para benefício mútuo.
O estadista formulou o convite hoje (24), em Maputo, na abertura do Fórum de Negócios e Investimento Árabe em Moçambique, um evento de dois dias em curso na cidade de Maputo e que decorre sob o lema “Moçambique um Destino Preferencial de Investimentos”.
O evento, organizado pelo governo moçambicano, em parceria com o Banco Árabe para o Desenvolvimento Económico em África (BADEA), tem como objectivo a promoção de oportunidades de negócio e investimento entre Moçambique e os países árabes em sectores estratégicos para o desenvolvimento
Como atractivos para mobilizar o investimento estrangeiro, Nyusi garantiu que um dos factores mais preponderantes é o momento político favorável que o país atravessa.
“Os actos de terrorismo que se verificam em alguns distritos de Cabo Delgado estão a ser controlados com o empenho das Forças de Defesa e Segurança e com o apoio dos países amigos, aliados”, disse.
Outra questão é a simplificação dos procedimentos para registro e licenciamento de empresas nos Balcões Únicos, conhecidos por One Stop Shop, e a celeridade na tramitação de processos de aprovação de projectos de investimento.
“Acredito que pode ainda haver dificuldades, mas se houver essas dificuldades têm que ser indicadas imediatamente, porque não é este o conceito, nem a filosofia do meu governo”, disse.
Sobre as oportunidades de investimento apontou como exemplos, os sectores estratégicos, tais como infra-estrutura, energia, agricultura, turismo e manufacturação, observando sempre o princípio de sustentabilidade e industrialização.
“Moçambique está aberto à cooperação económica que traga benefícios mútuos e consolide o respeito pelas regras do concerto das nações no mundo global e interdependente”, disse o chefe de Estado.
Nyusi também apontou a introdução de várias reformas para o estímulo ao investimento privado em vigor. “Posso citar algumas medidas que nós definimos, por exemplo, a nova lei de investimentos e o respectivo regulamento da nova Lei de Trabalho, da nova Lei Cambial.
“São leis que vêm mais para facilitar os investimentos privados em Moçambique. Também a introdução de incentivos fiscais.
Disse que o evento surge numa altura em que grande parte dos países da África subsaariana recuperam dos efeitos da pandemia e da crise causado pela conflito russo-ucraniano, que teve um impacto inflacionário que culminou no aumento do custo do financiamento e deterioração das contas públicas.
“O facto de Moçambique ser membro da Zona de Comércio Livre Africana (ACFTA – sigla em inglês), Comunidade de Desenvolvimento da Africa Austral (SADC), e por conseguir beneficiar vários regimes preferenciais como os Estados Unidos no continente americano, Europa, Ásia, em particular a China, Japão e Índia permite*nos aceder a mercados na região, continente e mundo”, defendeu.
Aliás, África é um continente que se abre para o mundo com zona de começo livre continental africano que deverá crescer para um mercado único que comporta 1,7 bilhões de pessoas com despesa de consumo projectada em 6,7 triliões de dólares em 2030. Por isso, marcar a presença em África é estratégico.
Participaram no evento membros do Corpo Diplomático Acreditado de Moçambique, director-geral da APIEX, representantes da Câmara do Comércio de Moçambique, da Confederação das Associações Económicas do Moçambique, representantes das Câmaras do Comércio Árabes, gestores de instituições árabes e moçambicanas, representantes dos parceiros de cooperação, empresários e outros convidados.
(AIM)