
Desmatamento em Moçambique
Maputo, 26 Jul (AIM) – Moçambique perde anualmente cerca de 267 mil hectares de florestas, o equivalente a 0.79%, que correspondem a emissão de 40 milhões de toneladas de gases de efeito de estufa (GEE), devido a prática de agricultura itinerante e outros fenómenos.
Segundo a ministra da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze, a agricultura itinerante chega a contribuir com 86% de desmatamento anual, enquanto a exploração florestal para combustíveis lenhosos e madeira situa-se em 13%.
“Foram apreendidos 31.896 metros cúbicos de madeira em toros e serrada de diversas espécies nativas, combustíveis lenhosos e materiais de construção “, disse a governante, que falava na Reunião Nacional de Apresentação Pública do Projecto do Regulamento da Lei de Florestas de Dezembro.
Perante este cenário, o Ministério da Terra e Ambiente e outros intervenientes têm estado a empreender esforços com vista a reduzir actos que atentam contra a sustentabilidade do sector de florestas.
“De 2020 a esta parte registamos 8.902 acções de fiscalização das áreas de exploração que culminaram com aplicação de 4.970 multas”, disse Maibaze.
As multas aplicadas correspondem a um montante no valor de 566.253.847 (cerca de 8,9 milhões de dólares). Do valor global foram pagas até ao momento multas que correspondem a 310.290.867 (4,9 milhões de dólares).
Maibaze referiu que as autoridades recuperaram 69 contentores de madeira, dos 76 que haviam sido exportados ilegalmente, a partir do Porto de Pemba, com destino a China.
Os dados divulgados esta sexta feira (26), indicam que foi abortada a tentativa de exportação de 12 conteúdos de madeira em desacordo com os termos legalmente estabelecidos.
Dos 12 contentores consta que quatro na Terminal Especial de Exportação de Nacala e oito no Porto de Quelimane.
A reunião de um dia, que decorre sob o lema “Por Uma Gestão Sustentável e Inclusiva do Património Florestal”, conta com pouco mais de 160 participantes incluindo representantes dos ministérios, governos provinciais e distritais, academia, sector privado, organizações da sociedade civil, parceiros de cooperação, líderes comunitários entre outras entidades relevantes.
(AIM)
MR/sg