
Lançamento oficial das operações marítimas dos CFM Logistics.
Maputo, 27 Jul (AIM) – O Presidente da República, Filipe Nyusi, diz que a entrada da CFM Logistics nas operações marítimas do Porto de Nacala representa a participação dos moçambicanos na cadeia de valor do sector de petróleo e gás, bem como a retenção do valor da exploração deste recurso para o país.
Nyusi, falava hoje (27), na cidade portuária de Nacala, região norte do país, durante a cerimónia de Lançamento oficial das operações marítimas dos CFM Logistics.
“Estas actividades constituem um sinal inequívoco da participação dos moçambicanos na cadeia de valor do sector de petróleo e gás e a consequente retenção do valor dentro do país”, defendeu o Chefe de Estado.
Disse que aquela é a prova material de que as empresas nacionais podem responder às exigências de operadoras petrolíferas com critérios de selecção exigentes.
Nyusi disse também que a Empresa demonstra a criação de emprego e valorização da mão de obra local.
“Testemunhamos hoje a tradução do conteúdo local com meios e equipamentos do país, com trabalhadores moçambicanos e com actividades económicas susceptíveis de contribuir para as contas públicas. Testemunhamos o objectivo bem-conseguido de gerar possíveis ligações com outras empresas tais como as de abastecimento de combustíveis, reparações navais, armazenagem, acarretando efeitos sobre o emprego, valor acrescentado e crescimento económico”, apontou.
O chefe de estado saudou a introdução de duas novas embarcações rebocadoras de ponta que vão auxiliar nas actividades desta empresa.
“Petroleiros não escalavam aqui porque as condições de segurança não estavam criadas, não tínhamos rebocadores em condições e se tivesse não era de qualidade. Tivemos que alugar rebocador de Dar-es-Salaam (cidade tanzaniana)”, disse em jeito de inquietação.
“É isto que estamos vendo agora, esses rebocadores, é equipamento de ponta na família dos rebocadores”, realçou.
O estadista desafiou a empresa de logística a “pensar grande” e tornar-se numa referência regional, continental e global.
Exortou ainda a que trabalhem no retorno breve dos mais de 300 milhões de dólares desembolsados para a materialização do projecto.
“Que a CFM assuma os desafios para o qual foi criada, que seja um alívio para CFM, produza dinheiro, que estes rebocadores retornem logo o investimento feito neles, busquem e desenvolvam oportunidades que, a todo o tempo, se apresentem e rapidamente e alcancem sua visão de se tornar a empresa logística de referência em Moçambique, África Austral e mundo”, exigiu.
Na ocasião, o Presidente do Conselho de Administração dos Caminhos de Ferro de Moçambique, Agostinho Langa Júnior, disse que com o alcance do feito a Empresa contribui para o desenvolvimento do país.
“A CFM Logística é, no nosso entender, a resposta à altura dos desafios que são continuamente apresentados pelas concessionárias, contratadas, subcontratadas e demais parceiros e o nosso compromisso quanto ao mandato que o Governo nos deu. É um gigantesco desafio e uma extraordinária oportunidade, ao cumprir este desígnio, estaremos não só a implementar um mandato do Governo na implementação dos projetos do petróleo e gás, mas estaremos, sobretudo, a contribuir para o desenvolvimento de Moçambique”, defendeu.
Langa assegurou que será cumpridor da “Estratégia de Promoção do Conteúdo Local” e disse ser este um dos aspectos mais desafiantes e instigantes do projecto de exploração do petróleo e gás do país.
A CFM Logistics, criada há quase um ano, já iniciou as operações portuárias ligadas à indústria de petróleo e gás no Porto de Pemba, província de Cabo Delgado.
A firma foi criada e detida pela Empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), no quadro da implementação da sua estratégia de participar nos negócios da indústria petrolífera no país.
(AIM)
CC/dt