Maputo, 05 Agosto (AIM) – A Comissão da África Oriental e Austral sobre Droga (ESACD) debate desde manhã desta segunda-feira (5), em Maputo, a criação de um quadro jurídico regulatório sobre o consumo e uso da cannabis sativa (vulgo soruma), para fins terapêuticos, comerciais entre outros.
“Este é um tema importante, com a nossa presença neste momento, estamos a emitir uma mensagem para a juventude, o país e o mundo, este assunto não deve ser visto apenas de forma vertical, mas também de forma horizontal “, disse Nyusi.
O executivo moçambicano entende que as soluções para o problema da droga dependem de todos intervenientes e de forma equilibrada resolver o problema.
“Nós podemos falar de promoção de juventude, emprego, mas se o próprio tecido juvenil se destrói, não estaremos em condições de promover o desenvolvimento”, referiu o Chefe do Estado.
Nos últimos tempos a África Oriental e Austral estão a ser usadas como corredores para o tráfico e consumo ilícito de drogas incluindo a cannabis sativa, facto que preocupa sobremaneira os estados da região.
O Presidente da República informou que a localização das duas regiões as tornou em corredores de trânsito e destinos de drogas de larga escala.
O Chefe de Estado fez saber que nenhum país pode resolver a questão de droga sozinho, pois a prevenção e combate a este fenómeno são o melhor caminho.
Para o efeito, o país conta com a Cooperação Jurídica e Judiciária de outros Estados e governos com assistência dos parceiros de desenvolvimento, agências especializadas das Nações Unidas Contra Droga e Crime.
A III reunião de Alto Nível da Comissão da África Oriental e Austral sobre Droga que decorre em Maputo, decorre sob o lema “Apoiando a Elaboração de Políticas e do Quadro Regulatório de Cannabis Sativa na África Austral e Oriental”
Destacam-se entre os participantes os antigos presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano, da vizinha África do Sul, Kgalema Motlanthe e das Maurícias, Cassam Uteem.
O evento também junta na mesma mesa especialistas de vários países que defendem mudanças das estratégias e políticas sobre drogas e desenvolvimento de capacidades nas duas regiões.
“Eu tomei aqui as palavras do representante da União Europeia (UE) que ficou claro, sobretudo os comentários sumários, sobre a disponibilidade do mundo, neste caso concreto a geografia Europeia para participar na solução deste problema.
O debate decorre numa altura em que a União Europeia continua na busca de um denominador comum sobre como abordar o assunto.
O Executivo moçambicano entende que ao participar nesta reunião, não está a emitir apenas uma mensagem para a juventude, o país e o mundo, mas também uma mensagem de que o assunto não deve ser apenas de forma vertical.
Participam no evento o ministro do Interior, Juízes Presidentes dos Tribunais Supremo de Moçambique e outros países, Directora Geral do Gabinete de Combate a Droga entre outros.
(AIM)
MR/sg