
Cerimónia simbólica que marcou o fim do desarmamento da Renamo. Presidente da República, (esquerda) e líder da Renamo, Ossufo Momade (direita)
Maputo, 07 Ago (AIM) – O governo moçambicano vai construir um Memorial da Paz, como forma de imortalizar os protagonistas dos processos de paz no país.
A ser erguido na Serra da Gorongosa, distrito de Gorongosa, província central de Sofala, o Memorial, segundo Nyusi, visa fazer da Gorongosa uma referência nacional e internacional na construção de paz, tolerância e reconciliação.
Nyusi falava hoje em Maputo, durante a cerimónia solene de apresentação do Informe sobre o Estado Geral da Nação de 2024, acto que teve lugar no pódio da Assembleia da República (AR) o parlamento do país.
“Queremos que Gorongosa deixe de ser associada a guerra, mas sirva de fonte de inspiração para a actual e futuras gerações na convivência pacífica entre homens, mas também entre homens e a natureza”, disse Nyusi, sem citar datas.
Durante a guerra civil de 16 anos, que terminou com a assinatura do Acordo Geral da Paz, a 04 de Outubro de 1992, a Serra de Gorongosa, serviu como a maior base militar da Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique.
Igualmente, é na Serra da Gorongosa onde foi encerrada a última base da Renamo, no âmbito do processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos homens armados da Renamo.
O DDR surge no âmbito do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado por Nyusi e pelo líder da Renamo, Ossufo Momade, em Agosto de 2019, em Maputo.
O processo prevê o Desarmamento, Desmobilização e Reintegração DDR de 5.221 combatentes da Renamo, sendo 257 mulheres e 4.964 homens. O mesmo está em curso desde Julho de 2019, altura em que se procedeu ao registo do primeiro grupo de homens armados, em Gorongosa.
“Que Gorongosa se torne um testemunho vivo de como uma nação pode superar suas divisões mais profundas e construir um futuro de harmonia entre os Homens, bem como entre a humanidade e a natureza”, afirmou Nyusi.
(AIM)
Ac/sg