Maputo, 07 Ago (AIM) – O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) está a coordenar com os seus parceiros a ampliação, para mais distritos, a implementação de Ações Antecipadas à Seca.
O objectivo é fortalecer a prevenção e mitigar o impacto adverso dos desastres naturais na próxima época de chuvas 2024/25.
Os beneficiários são os residentes dos distritos de Massangena e Chigubo na província de Gaza, Funhalouro e Mabote na província Inhambane, Machanga em Sofala e Màgoé na província de Tete.
A informação foi revelada na manhã de hoje (07) em Maputo pela presidente do INGD, Luísa Meque, na abertura do Seminário de Balanço do processo de Implementação dos Planos de Acções Antecipadas à Seca da Época 2023/2024.
Segundo Meque, na Época Chuvosa 2023/2024, a iniciativa beneficiou nove distritos, por isso o INGD tenciona expandir a cobertura.
“Os Planos de Acções Antecipadas à seca foram elaborados e activados de forma conjunta pelo Governo de Moçambique, através do INGD e parceiros o que possibilitou uma operacionalização em nove distritos piloto, nomeadamente Chibuto, Guijá, Mabalane, Mapai e Massingir na província de Gaza, Caia e Chemba na província de Sofala, bem como Marara e Changara na província de Tete”, disse.
Por isso, “Para a próxima época chuvosa 2024/2025, o INGD está a coordenar com vários parceiros com vista à expansão desta iniciativa com a inclusão de novos distritos”.
Disse que ao longo da passada época chuvosa, o INGD em coordenação com vários sectores do Governo, lideraram a primeira activação e implementação dos Planos Distritais de Acções Antecipadas à seca, que consistiram essencialmente na promoção de infra-estruturas de água resilientes, alocação de insumos agrários e Protecção Social Adaptativa.
O director nacional Adjunto do Programa Mundial para a Alimentação em Moçambique (PMA), Maurício Burtet, disse que a implementação de Acções Antecipadas mostrou ser muito eficaz para mitigar o impacto dos desastres em vários distritos
“Felizmente, graças ao sistema de aviso prévio à seca e acções antecipadas foi possível prevenir e mitigar os impactos negativos em nove distritos”, disse.
“Esta primeira experiência de activação e implementação de acções antecipadas destaca a importância de investir na coordenação interinstitucional o que está integrado no plano estratégico do PMA em Moçambique, que preconiza o fortalecimento das capacidades dos sectores-chave”, acrescentou.
Por sua vez, a directora do Instituto Nacional de Acção Social (INAS), Maria da Glória Siaca saudou a iniciativa que está em linha com a Estratégia Nacional de Segurança Social Básica.
“As acções antecipadas à seca enquadram-se no eixo da Estratégia Nacional de Segurança Social Básica 2016-2024 que preconiza o reforço do nível do consumo, da autonomia e da resiliência das camadas mais pobres e vulneráveis da população”, defendeu.
Disse que esta responde às necessidades de fortalecer o papel da Segurança Social Básica na protecção dos agregados familiares e indivíduos que vivem em situação de pobreza ou vulnerabilidade.
Segundo a recente avaliação do Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) realizada nos meses de Abril e Maio último, cerca de 510 mil pessoas encontram-se em situação de emergência no país e outras 2,3 milhões de pessoas estão em situação de crise.
(AIM)
CC/sg