Maputo, 10 Ago (AIM) – Centenas de pessoas, incluindo familiares e amigos, despediram-se na manhã deste sábado do ícone da música moçambicana, Simião Mazuze, também conhecido pelo nome artístico de Salimo Muhamed.
O finado morreu na noite de quarta-feira, em Maputo, vítima de doença. É considerando como sendo um dos obreiros que contribuiu para a construção de uma referência sobre as artes moçambicanas no período pós-independência.
O governo moçambicano, representado pela ministra de Cultura e Turismo, Edelvina Materula, destacou as qualidades de Salimo Mohamed como um verdadeiro guardião e promotor da cultura moçambicana no país e além-fronteiras.
Considera que o seu legado transcende a sua vida artística e, por isso, será eternamente valorizado e transmitido para as gerações vindouras e em cada iniciativa que visa promover a herança cultural.
“Salimo Mohamed vai muito além dos holofotes do palco. Salimo era e foi guardião das tradições culturais de Moçambique, preservando e promovendo as nossas raízes através da música ligeira. Com a sua paixão pela arte ele internacionalizou a música moçambicana levando nosso bom som e as historias a público do todo mundo”, disse a ministra.
Aliás, acrescentou a governante, “o seu talento e a dedicação foram pontos que ligaram Moçambique a diversos continentes mostrando ao mundo a riqueza da nossa cultura e a profundidade do nosso espirito artístico”.
Já secretário-geral da Associação Moçambicana de Autores (SOMAS), José Manuel Luís, considera que Mazuze foi fonte de inspiração para os artistas nacionais.
“Artistas jovens até os mais velhos sempre usaram Salimo Mohamed como atractivo para seus concertos devido a sua incomensurável popularidade. Em áreas que abraçou em vida foi sempre um homem vertical de pensamento e palavras próprias sem medo de qualquer represália e lutador de seus direitos e de demais compatriotas”, disse.
O músico do nome oficial Domingos Simeão Mazuze Júnior nasceu em Xai-Xai, capital da província meridional de Gaza, em 13 de Agosto de 1948. Em 1990 converteu-se ao islamismo e adoptou o nome de Salimo Mohamed.
Entre as suas obras abordam diferentes temáticas, com o destaque para o amor e a critica social, conta se Mamana Maria, Bilibiza, Xantima ibodlea, Magubane, Gungula Nhautomi , entre outras.
(AIM)
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