
Pavilhão da província de Inhambane na Feira Internacional de Turismo (FIKANI) 2024
Maputo, 11 Agosto (AIM) – A província meridional de Inhambane registou, no primeiro semestre do corrente ano, uma receita no valor de 4.892.000.000 meticais (cerca de 76,9 milhões de dólares) resultante de alojamento e restauração de cidadãos moçambicanos e estrangeiros.
Esta receita corresponde a um aumento de 43,2 por cento comparativamente ao ano anterior, quando a receita registada foi de 3.416.000.000 meticais, disse sábado (11), à AIM, o director provincial de cultura e turismo de Inhambane, Emídio Nhantumbo, na Feira Internacional de Turismo (FIKANI), em curso na capital moçambicana.
Para o presente ano a província projectou a entrada de 295.997 turistas nacionais e internacionais, um aumento de 22,9 por cento comparativamente ao ano anterior.
A província havia planificado para 2023, a entrada de 240.286 turistas, dos quais 95.117 nacionais e 145.169 estrangeiros.
Nhantumbo disse à AIM que após a estagnação devido a pandemia da Covid 19, nos anos 2020 e 2021, a província começa a recuperar os números em relação a chegada de turistas.
“Há tendência de receber turistas de elite, sobretudo em Vilanculos, ficam muito tempo e gastam mais, há uma particularidade de ter os Big Five marinhos, tubarão, golfinho, dugongo, manta-raia e a baleia”, referiu Nhantumbo.
Ressalvou que “Big Five” terrestres, ocorrem no Parque Nacional do Zinave, onde é possível ver elefantes, rinocerontes, leões, búfalos e leopardos”, disse a fonte.
A província de Inhambane (capital de turismo em moçambique), na presente edição do FIKANI, para além de festivais de Timbila e Tofo, no seu stand expõe vários artigos produzidos a base de palha, incluindo cestos, bolsas, carteiras, sofás, entre outros.
“Estamos a promover produtos específicos, os festivais de Timbila, vulgarmente M’ Saho (Timbila), que é património Oral e Material, declarado pela UNESCO.
A divulgação deste produto e dança Timbila, consta do compromisso assumido pelo Estado moçambicano, aquando da declaração como património mundial da humanidade.
Nhantumbo considera o festival uma oportunidade para a participação de todos os cidadãos do mundo a dança tradicional a da Timbila. O actual desafio é o alargamento da duração dos festivais que, normalmente, levam dois a três dias.
No próximo quinquénio, 2025/2029, a província de Inhambane pretende focar-se na diversificação do produto turístico baseado em sol, praia e mar com maior envolvimento da comunidade local.
“Também queremos promover festivais gastronómicos para que se sintam atraídos pela culinária de Inhambane, artesanato, locais históricos”, disse.
Destacam-se entre os locais históricos a estação arqueológica de Manikeny, Chibuene, pórtico da deportação de escravos, Buraco dos assassinatos e a sala onde foi aprovada a primeira Constituição da República Popular de Moçambique.
(AIM)
MR/sg