Maputo, 13 Ago (AIM) – O município de Marracuene, parte da área metropolitana de Maputo, está a beneficiar de iniciativas público e privadas para a melhoria de circulação de pessoas e bens, através de soluções inovadoras que concorrem para uma mobilidade urbana mais eficiente.
Numa área integrada a outros municípios, nomeadamente, Maputo, Matola e Boane, a expansão urbana desafia a nova autarquia a encontrar saídas para uma população em franco crescimento, sobretudo de mobilidade, o sector privado de transporte tem jogado papel chave na revolução do urbano local.
Nesse quadro, foi apresentado hoje, em Marracuene, no decurso da VII edição da Semana da Mobilidade Sustentável, subordinado ao tema “Criando sinergias para incluir a mobilidade activa na visão metropolitana”, uma solução inovadora no ramo de transporte público local.
Trata-se de uma iniciativa que opera em rotas específicas definidas e atende as necessidades de passageiros que precisam de transporte locais específicos. Só no primeiro trimestre deste ano, ajudou a escoar perto de 300 mil passageiros, uma média perto de três mil passageiros por dia.
“Hoje contamos com uma frota de seis autocarros, certos de que vamos crescer a ponto de liderar com excelência na área de transportes, estabelecendo altos padrões de qualidade e satisfação dos utentes”, disse à AIM Nordino Zeinadine, director-geral do projecto NZ Trans Urbano, que opera no município de Marracuene e liga a capital moçambicana Maputo.
“Não se pode negar que o acesso ao transporte público urbano ainda é desafiador quer do ponto de vista de disponibilidade com qualidade, quer do ponto de vista do custo deste acesso, mas reiteramos o nosso compromisso em contribuir para a melhoria da mobilidade em Marracuene”, salientou a fonte.
Para Armando Bembele, administrador do pelouro técnico na Agência Metropolitana, considera o Município de Marracuene está melhor servido em termos de transporte público, apontando a entrada das automotoras dos Caminhos de Ferro de Moçambique, com carruagens suficientes para transportar passagens para a cidade de Maputo, como uma solução acertada.
Falou da alocação de mais seis autocarros de iniciativas privadas locais, ligando Marracuene com a cidade de Maputo, para além da introdução de três articulados dos 20 que o governo colocou à disposição na região metropolitana de Maputo para fazerem carreiras nas horas de ponta.
“Marracuene não está mau assim, mas não significa que com isso temos que nos conformar”, disse Bembele da Agência Metropolitana.
Para a fonte da Agência Metropolitana, a agenda é a mobilidade activa, que consiste em persuadir os munícipes a andar a pé ou de bicicleta, pois está ao alcance de todos.
Para o efeito, existe a necessidade de construir ciclovia e passeios, algo que poderá ser alcançado com a implementação do projecto de mobilidade urbana que projecta 60 quilómetros de ciclovia na área metropolitana.
Garantiu que estão em curso iniciativas para a promoção do uso de tecnologias inovadoras e soluções inteligentes para melhorar a eficiência, segurança e sustentabilidade do sistema de mobilidade urbana na área metropolitana, com acções concretas para estimular a colaboração entre sector público, privado, sociedade civil e agências em prol do desenvolvimento de iniciativas de mobilidade activa e sustentável.
(AIM)
Paulino Checo (PC)