
Chimoio (Moçambique), 12 Dez (AIM) – Um total de 66 barracas incendiadas, quatro membros da polícia feridos, e danos ligeiros em uma viatura é o balanço preliminar das manifestações ocorridas quarta-feira (11), na cidade de Chimoio, capital da província de Manica, centro de Moçambique.
As manifestações marcaram o fim da quarta fase da quarta etapa (vulgo 4×4) de protestos convocados pelo candidato presidencial, suportado pelo Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, que reivindica alegada vitória nas VII eleições gerais (presidenciais e legislativas) e as IV das Assembleias provinciais, incluindo de governadores provinciais.
O porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), Mouzinho Manasse, explicou que os protestos ocorreram nos mercados central, Feira e Francisco Manyanga, vulgarmente conhecido por 38.
“Um grupo de cidadãos começou a colocar barricadas, incendiar pneus em algumas ruas e a criar ambiente de agitação. Chamada ao local, a polícia constatou tratar-se de uma agitação provocada por manifestantes que apoiam o candidato presidencial Venâncio Mondlane e o partido PODEMOS. Dada a gravidade da situação, fomos obrigados a intervir para repor a ordem nesses locais”, referiu Manasse.
“Através dos nossos meios de dispersão de massas foi possível repor a ordem e segurança e também garantir a livre circulação de pessoas e bens nos mercados Feira, e Francisco Manyanga. A cidade ficou calma e a vida voltou a normalidade”, disse.
Segundo Manasse, durantes os protestos “tivemos o registo de 66 barracas incendiadas pelos protestantes no mercado 38, quatro agentes da polícia feridos e que estão a receber tratamento ambulatório, bem como danos ligeiros numa viatura da corporação”.
Mouzinho Manasse falava esta quinta-feira (12), em Chimoio, durante uma conferência de imprensa sobre as manifestações ocorridas na quarta-feira.
Disse que os manifestantes arremessaram pedras e outros objectos contra a polícia, destruíram alguns estabelecimentos comerciais e saquearam bens nos principais mercados da cidade de Chimoio.
Questionado se durante os protestos houve registo de vítimas mortais ou feridos por parte dos manifestantes, Manasse disse que a informação não consta nos dados da corporação.
“Poderíamos dizer que sim, houve mortes ou feridos se tivéssemos recebido alguma comunicação oficial nesse sentido. Mas até este momento não tivemos nenhuma informação sobre qualquer morte ou ferido”, assegurou.
Sublinhou que “ninguém da parte da população aproximou as autoridades policiais para comunicar ou participar qualquer caso relacionado com morte ou ferido durante as manifestações de ontem [quarta-feira].”
Esta quinta-feira, a cidade de Chimoio registou calma, e a circulação de pessoas e bens feita em segurança.
O comércio está a fluir e o transporte de passageiros para outros pontos da província e do país a decorrer sem qualquer perturbação.
As instituições abriram as suas portas ao público depois de quase sete dias a funcionar a meio gás devido a onda de manifestações.
Em quase todos os bairros da cidade de Chimoio estão presentes membros da polícia para monitorar e reprimir qualquer tentativa de perturbação da ordem e segurança públicas.
(AIM)
NM/mz