
Maputo, 19 Ago (AIM) – O surgimento da fotografia legitimou conhecimento no mundo visual e gerou uma imensidão de possibilidades inovadoras na ciência e na arte, disse a directora do Gabinete de Informação (GABINFO).
Falando esta segunda-feira (19), em Maputo, a capital moçambicana, por ocasião do Dia Mundial da Fotografia, Emília Moiane, disse que no dia-a-dia do ser humano, a busca e a captura de imagens “tornou-se indispensável, numa tentativa de eternizar lembranças individuais e colectivas, e na intenção de manter um registo documentado de provas e Informações que muito facilmente poderiam escapar-nos”.
Segundo Moiane, “artistas, escritores e pensadores, assim como amantes e teóricos da matéria têm vindo a reflectir, ao longo do tempo, sobre o poder da fotografia e o seu impacto na sociedade”.
“Através da fotografia temos a possibilidade ímpar de viajar momentaneamente no tempo, de fazermos um mergulho ao passado distante, ou nem tanto, para dele extrairmos memórias e recordações dignas de registo, de modo a que possamos regressar ao presente e celebramos a nossa história de vida”, sublinhou.
No seu discurso proferido na Fortaleza de Maputo, palco da exposição fotográfica intitulada “o Reencontro” e do debate presidido sob o lema “A misteriosa e empolgante arte da fotografia”, Moiane disse tratar-se de um dos maiores encantos desta expressão artística, pois permite guardar momentos marcantes da vida individual e colectiva.
Disse ser por isso que a fotografia é descrita como a poesia da imobilidade. “É através dela que os instantes deixaram de ser como são, tornando-se uma linguagem universal que pode ser acessível e compreensível por qualquer cidadão do mundo”.
Dada a sua importância, a busca pelo conhecimento sobre a arte de fotografar tem estado a ganhar relevo e destaque em diversos fóruns de apreciação da arte, envolvendo indivíduos e pesquisadores de todas as idades, sexos e de todos os quadrantes do mundo.
Moiane destacou que a maior paixão por esta arte em Moçambique brota no seio da juventude, que contempla nela uma oportunidade de produzir renda, tornando-se um mecanismo para o auto-sustento, num contexto em que o empreendedorismo é essencial.
Para Moiane, por se tratar de um instrumento de grande utilidade social, espera-se que as entidades e instituições que têm a fotografia como seu produto, caso do CDFF (Centro de Documentação e Formação Fotográfica), apostem na mobilização de recursos necessários para se impulsionarem.
“É necessário que o CDFF, através da auto habilitação em termos de infraestruturas, recursos humanos e financeiros, esteja à altura das necessidades actuais do contexto social e político moçambicanos”, vincou.
Aos visitantes da exposição, Moiane apelou para que todos eles, incluindo os provenientes de diversas partes do mundo que têm a Fortaleza de Maputo como destino turístico, tenham o conhecimento da acessibilidade do arquivo de imagens de Moçambique.
A exposição fotográfica apresenta uma colecção de imagens emblemáticas que retratam momentos cruciais da história de Moçambique desde os anos 1910 até a assinatura dos acordos de Paz, entre outros marcos históricos.
(AIM)
mz