
Ossufo Momade, Presidente da Renamo
Quelimane (Moçambique), 25 Set- AIM – O candidato presidencial do maior partido de oposição em Moçambique, Ossufo Momade, afirmou esta terça-feira (24), em Quelimane, a capital provincial da Zambézia, que caso o seu partido seja eleito no sufrágio de 9 de Outubro prevê criar um banco agrário para acabar com a importação do arroz no país.
Segundo Momade, não faz sentido que, com a existência de terras aráveis em abundância, Moçambique esteja ainda a importar arroz numa clara dependência externa.
“Quando vínhamos de Nicoadala vimos muitos campos com um potencial agrícola subaproveitado, por isso queremos transformá-los em machambas para produção do arroz em grande escala, para acabar com a importação do arroz da China, Índia. Temos capacidade de produzir localmente”, afirmou.
Convidou aos eleitores para, dia 09 de Outubro, depositarem votos a favores do seu partido “para mudarmos Moçambique com vista acabar com todo o sofrimento, mudar Moçambique é apostar no trabalho, sairmos da pobreza, é também criar condições para os jovens terem emprego, desenvolverem o país”.
Momade disse ser necessário criar condições, um banco, para financiar os agricultores na produção de arroz para alimentar o país e não só.
“Os tractores que a Frelimo trouxe não foram entregues à população, mas sim beneficiou alguns elementos do partido que não trabalham a terra”, acusou.
Acrescentou que o governo da Renamo não pretende promover a descriminação durante a alocação de insumos agrícolas e de outros incentivos para tirar a população da pobreza.
“Queremos também desenvolver a pesca industrial e dotá-la de capacidade para alimentar o país. Não podemos apostar apenas na pesca artesanal, não podemos continuar a exportar todo o camarão para a Europa, é preciso investir no consumo doméstico”, defendeu.
Para concretizar as promessas, disse que iria contar com o investimento resultante dos diversos recursos de que Moçambique dispõe.
Explicou que a posse da vassoura significa que “temos que varrer todo o sofrimento, o desemprego, a falta de medicamento nas unidades sanitárias”.
(AIM)
Lopes Obadias(colaboração)/dt