
Por Paulino Checo, da AIM, em Cabo Delgado
Pemba (Moçambique), 30 Set (AIM) – O candidato presidencial pela Frelimo as gerais de 09 de Outubro próximo comprometeu-se nesta segunda-feira (30), na cidade de Pemba, a capital da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, a aplicar todos os meios possíveis e disponíveis para acabar com o terrorismo que, desde finais de 2017, assola alguns distritos desta região do pais.
Chapo, que falava num comício popular, no seu último dia de campanha eleitoral em Cabo Delgado, disse que se o país quiser trilhar a rota do desenvolvimento, a primeira prioridade é estancar a insurgência e devolver a paz na região de Cabo Delgado, condição considerada “sine qua non” para a materialização dos projectos estruturantes de desenvolvimento.
Para o candidato da Frelimo, o terrorismo tem dias contados e se for eleito no dia 09 de Outubro próximo, tudo fará para que a acção dos insurgentes chegue ao fim.
A convicção de Chapo decorre dos esforços em curso para acabar com o terrorismo que atormenta a província de Cabo Delgado com saldo de mais de duas mil mortes, mais de um milhão de deslocados internos, além de um rasto de destruição de infraestruturas públicas e privadas.
Segundo o candidato da Frelimo, da mesma forma que o país livrou-se do jugo colonial, um sistema opressivo contra o povo, da guerra dos 16 anos, dos ataques perpetrados pela Junta-Militar da Renamo, na altura liderada pelo rebelde, Mariano Nhongo, também o terrorismo vai chegar ao fim.
“O primeiro objectivo da governação é trabalhar para acabar com o terrorismo, usando todos os meios disponíveis para devolver a paz. A paz é a condição para o desenvolvimento, sem a paz não há como Cabo Delgado desenvolver”, disse Chapo.
De acordo com Chapo, a paz vai permitir a reconstrução da província, sobretudo nos distritos onde a insurgência destruiu infraestruturas. “Com a paz vamos reconstruir as vias, as escolas, os hospitais e outras infraestruturas essenciais”.
Disse que a província de Cabo Delgado é rica em recursos minerais e hidrocarbonetos, prometendo colocar as receitas provenientes da exploração dos mesmos, para melhorar a vida das populações desta região, sobretudo nos locais onde ocorre a exploração efectiva.
Daniel Chapo entende que as empresas que estão em Cano Delgado para a exploração dos recursos serão persuadidas a trazer a indústria para a transformação da matéria-prima a nível local, como forma de agregar valor aos produtos extraídos e criar emprego para a juventude local.
Disse haver necessidade de uma maior aposta no conteúdo local, no âmbito da exploração do gás e petróleo de Cabo Delgado, para criar dinâmicas na economia através do sector privado, onde as micro, pequenas e médias empresas possam assumir o protagonismo necessário.
“Esta província é rica em hidrocarbonetos, rubis, ouro, grafite, entre outros. O que vamos fazer é garantir que as receitas sejam utilizadas para desenvolver as comunidades onde ocorrem os recursos. Queremos que a riqueza seja desta província e seja sentida pelo povo”, vincou.
No âmbito da sua visão de capitais temáticas, Chapo disse que a província de Cabo Delgado, que ostenta a terceira maior baía do mundo, pode ombrear com a província de Inhambane, na zona sul, o estatuto de capital turística de Moçambique.
“Nós, entendemos que Cabo Delgado, com as suas ilhas, praias, reservas, cotadas, entre outras maravilhas, pode ser considerada a capital do turismo”, enfatizou.
O candidato da Frelimo sai de Cabo Delgado com a sensação de missão cumprida, depois de ter escalado, em quatro dias, nove distritos, designadamente, Mocímboa da Praia, Muidumbe, Mueda, Montepuez, Balama, Ancuabe, Namuno, Chiúre e cidade de Pemba.
(AIM)
PC/mz