
Lichinga (Moçambique) 10 Out (AIM) – Pelo menos sete detidos pela Polícia da República de Moçambique (PRM) é o saldo dos ilícitos eleitorais perpetrados durante a realização das VII eleições presidenciais e legislativas e IV para as assembleias provinciais e de governador de província, que tiveram lugar no dia da votação (quarta-feira, 09) na província de Niassa, norte do país.
Dos sete detidos, dois fizeram campanha eleitoral dentro de uma assembleia de voto, no distrito de Mandimba, e cinco são acusados de falsificar credenciais de delegados de candidatura em Lichinga, capital provincial.
“Foram lavrados os respectivos expedientes e remetidos ao Ministério Público e, neste momento, dada a celeridade do processo, penso que devem estar em julgamento”, disse o porta-voz do Comando Provincial da PRM em Niassa, Celestino Ziade.
A fonte, que também é chefe do Departamento de Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Niassa, explicou que os detidos em Mandimba estavam a fazer campanha eleitoral à favor do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) um partido extraparlamentar.
Já os falsificadores foram neutralizados em duas assembleias de voto, sendo a primeira na Escola Primária Completa de Estação, no bairro Estação, e noutra AV instalada na Pista de Atletismo, bairro Luchiringu.
Fazendo uma avaliação preliminar, a PRM registou uma desordem pública no distrito de Mecanhelas, envolvendo apoiantes do PODEMOS e liderados pelo delegado distrital daquela formação política, mas sem detenções.
“Ontem [quarta-feira] por volta das 19h00 [hora local] tínhamos a colocação de barricadas em algumas vias que dão acesso a sede [de Mecanhelas] e isso impossibilitava a evacuação das brigadas [eleitorais] dos pontos onde estavam para a sede, e foi necessário mobilizar o efectivo para o reforço”, disse.
O facto fez inviabilizou a contagem em 14 mesas, em Mecanhelas, razão pela qual as urnas foram transportadas à para a sede distrital do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).
Dados apontam que não há detidos.
Para realizar eleições gerais, o STAE contratou um total de 10.157 Membros de Mesa de Voto (MMVs). Os MMVs serviram as 1.451 mesas de votação, em todo Niassa.
Niassa recenseou pelo menos 872.186 potenciais eleitores. Quatro candidatos disputam as presidenciais, nomeadamente, Daniel Chapo, suportado pela Frelimo, partido no poder; Ossufo Momade, apoiado pelo maior partido da oposição; Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique, o segundo da oposição; e Venâncio Mondlane, do Povo Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique, um partido extraparlamentar.
Além dos quatro partidos, concorreram ainda para as legislativas e para as assembleias provinciais 34 formações políticas.
O apuramento dos resultados iniciou no final da quarta-feira (09)
(AIM)
Ac /sg