Tete (Moçambique), 10 Out (AIM) – Um grupo de cidadãos amotinou-se junto das assembleias de voto instaladas numa escola, no distrito de Moatize, província central de Tete, como forma de impedir que as urnas fossem evacuadas para o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE, a nível distrital).
Os Membros das Mesas de Voto tentaram amainar a situação, mas a situação acabou por se deteriorar algo que, segundo a Comandante Provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM), Ania Jagaje Mussa, levou a corporação a intervir para repor a ordem e tranquilidade públicas.
Mais tarde, os manifestantes tentaram montar barrigadas ao longo da Estrada Nacional número sete (EN7), ao mesmo tempo que arremessavam pedras contra as viaturas que circulavam na via.
“No processo de votação correu tudo bem, no apuramento também correu bem, mas, na retirada das urnas para o STAE distrital, a população achou que devia se amotinar nas assembleias da escola”, disse a comandante em contacto telefónico estabelecido com a AIM.
Segundo a fonte, “a situação está minimamente controlada, apesar de continuarem a arremessar pedras ao longo da EN7 contra todas as viaturas que passam por aí. Mas a situação está controlada.”
Sobre as consequências da situação, Ania Jagaje disse que houve alguns feridos ligeiros (escoriações) e, também, houve o registo de danos no vidro para-brisa de viatura. “Mas estamos a controlar.”
Os motivos da manifestação não são claros, mas avança-se que foi por suspeita de fraude no processo no processo de apuramento parcial.
Entretanto, a Polícia considera que o processo de votação na província de Tete decorreu sem sobressaltos.
Contudo, houve o registo de um ilícito eleitoral em Cahora Bassa, quando uma delegada de um partido da oposição tentou incendiar uma urna.
“Houve uma intervenção e, pontualmente, o processo ficou controlado”, explicou a Comandante provincial. Referiu que o processo foi registado e remetido ao Ministério Público.
(AIM)
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