
Maputo, 30 Out (AIM) – A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) anunciou hoje (30), em Maputo, que as manifestações ocorridas nos dias 21, 24 e 25 de Outubro corrente, a nível nacional, decorrente da crise eleitoral, resultaram na perda de três mil milhões de meticais (cerca de 46,9 milhões de dólares.
O balanço dos danos causados tornou público hoje (30), momentos após a CTA ter mantido um encontro com o executivo moçambicano.
Face a novas ameaças de manifestações, desta feita por um período de uma semana, o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, disse que o sector empresarial e o governo chegaram ao consenso para que os estabelecimentos comerciais, unidades produtivas, empresas e entidades públicas estejam abertos e em funcionamento.
“Estivemos sim esta tarde reunidos com o governo para avaliar e receber o conforto dos nossos governantes, uma vez que mantemos a nossa prontidão em deixar às unidades produtivas abertas com a segurança que nos foi garantida pelo governo”, referiu Vuma.
Explicou que as manifestações dos dias 24 e 25 de Outubro corrente, contribuíram para a redução das transacções do mercado cambial que reduziram em 75,3%, onde a média de cerca de 60 milhos de dólares, caiu para 14 milhões de dólares.
Neste momento, as empresas estão a implementar os planos da crise.
“Tivemos sabotagens, vandalização, arrombamento a estabelecimentos privados comerciais, até unidades produtivas, o nível de vandalização de estabelecimentos é de tal forma que não poderão voltar a operar e estima-se que 1.200 à 1.300 trabalhadores de forma indirecta ficaram sem empregos”, referiu Vuma.
Cerca de 33 estabelecimentos foram afectados e que poderá afectar a condição de vida de mais de seis mil pessoas.
“Há uma necessidade de os nossos governantes garantirem a segurança das nossas unidades produtivas porque estamos a assistir a pilhagem, saques que estão a colocar a economia abaixo”, disse.
Explicou que os manifestantes obstruíram alguns troços que interromperam o tráfico no Corredor de Maputo, facto que levou o governo a encerrar a fronteira de Ressano Garcia, afectando a entrada no país de camiões de logística que na sua maioria tinham como destino Porto de Maputo.
Neste momento, o Porto de Maputo está aberto e a funcionar normalmente.
O governo garante que as Forças de Defesa e Segurança estarão em prontidão de modo a evitar actos de vandalização de bens.
(AIM)
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