Maputo, 6 Nov (AIM) – A Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM) anunciou hoje, (6) em Maputo, que pelo menos 73 pessoas foram vítimas de violência policial, durante as manifestações que iniciaram no passado dia 21 de Outubro último.
“Até a última avaliação que a Ordem dos Advogados de Moçambique (OAM), efectuou, sem incluir a terceira vaga de manifestações, tínhamos 73 vítimas de violência policial das quais 10 pessoas perderam a vida”, referiu o Bastonário da Ordem dos Advogados de Moçambique, Carlos Martins.
Sublinhou que, através dos seus membros, a OAM libertou 2.700 pessoas que se encontravam detidas em conexão com as manifestações.
Segundo Carlos Martins, a actuação da PRM peca pelo facto de as manifestações estarem a ser reprimidas por uma violência exacerbada e desproporcional.
“Nós apelamos aos manifestantes para protegerem os bens públicos e privados”, disse.
Para a OAM, todos os cidadãos têm a obrigação de criar linhas de diálogo, negociação que tragam a justiça eleitoral e é isto que a Ordem recomenda.
O Bastonário da OAM explicou que muitas organizações da sociedade civil têm estado a manifestar para exprimir a sua insatisfação com os resultados das últimas eleições gerais.
“A Ordem tem atribuições, a nossa luta é nas esquadras, procuradorias e tribunais, os nossos comunicados são uma forma de diálogo, nós quando fazemos comunicados, estamos a dialogar com às instituições.
Citou o exemplo da recente interacção a Comissão Nacional de Eleições (CNE), onde OAM dos diálogos de Moçambique esclareceu que não é verdade que existia um prazo que devia ser estendido em caso de uma investigação.
“E não empurramos com barriga o assunto ao Conselho Constitucional (CC), no seu entender o CC não contabilizar votos, não é essa tarefa. A sua tarefa é verificar se os processos não estão com indícios de vícios e julgar de acordo com às circunstâncias “, disse Martins.
(AIM)
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