Maputo, 08 Nov (AIM) – O chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, visitou hoje (08) os feridos das manifestações de quinta-feira que se encontram internados no Hospital Central de Maputo (MCM).
Três óbitos e 66 feridos é o número de vítimas reportado pelos Serviços de Urgência do HCM, das referidas manifestações organizadas pelo partido Povo Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane.
“A minha grande preocupação imediata foi ir ver os feridos. Então fui ao Hospital Central onde estão jovens feridos que estiveram envolvidos na manifestação, considerada violenta”, disse Nyusi.
Disse que num contacto estabelecido com os jovens feridos apurou que alguns são vendedores, pedreiros ou desempregados.
“Conversei com eles pois ia lá mais para me solidarizar. Na mesma enfermaria de Ortopedia encontrei também um membro da polícia. Ele sofreu muito com alguma gravidade no pé. Fez a primeira cirurgia de resolução e depois vai fazer a segunda de destabilização”, acrescentou.
Nyusi insistiu que se deslocou ao hospital para manifestar a sua solidariedade com os jovens feridos e não para fazer um julgamento porque esse é um papel que cabe as autoridades.
Depois do HCM, o chefe de Estado deslocou-se ao centro comercial Shoprite para se inteirar da destruição causada por actos de vandalismo.
“É aqui onde a mensagem da violência se reflecte”, disse Nyusi, explicando que mesmo que alguém queira distorcer os acontecimentos as imagens falam por si.
Disse que também tem conhecimento do desfile de alguns comerciantes.
Reconheceu a pertinência das suas reclamações, embora sejam de natureza diferente. Por isso, acredita que as suas preocupações deveriam ser apresentadas noutro momento
Advertiu que existe um risco latente de as pessoas que vandalizam as lojas para se apossarem de produtos diversos voltarem para tentar pilhar mais uma vez.
“Depois de acabarem os produtos que conseguiram vender ou aquilo que consomem vão voltar para pilhar novamente”, afirmou.
Nyusi disse estar a par da impaciência dos cidadãos para que a vida retoma a normalidade.
Contudo, afirma não fazer muito sentido expressar a sua opinião ou do governo sobre as eleições para não influenciar as decisões do Conselho Constitucional, caso contrário Moçambique deixaria de ser um Estado democrático.
(AIM)
sg