
Manifestacao pos eleicoes no bairro de Khongolote na Matola, Provincia de Maputo. Foto de Ferhat Momade
Matola, (Moçambique), 15 Nov (AIM) – O ambiente em alguns bairros da cidade da Matola foi caracterizado, esta sexta-feira, por pequenos focos de manifestações, protagonizadas por grupos de jovens e adolescentes.
As manifestações surgem em resposta ao apelo do candidato presidencial suportado pelo Partido Optimista pelo Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS), Venâncio Mondlane, que protesta os resultados eleitorais, anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE), que dão vitoria à Frelimo e o seu candidato, Daniel Chapo.
Os manifestantes foram marchando, ocasionalmente, por algumas artérias da urbe, mas num ambiente ordeiro e calmo.
Logo pela manhã, o comércio informal foi fluindo, embora com alguma timidez, com o receio de, a qualquer momento, os manifestantes poderem fazer suas incursões de vandalização e saque dos seus produtos expostos para a venda.
Nos bairros como Tsalala, Malhampswene e Sikwama, por exemplo, alguns estabelecimentos comerciais do sector formal estavam abertos, mas foram encerrando gradualmente ao longo da tarde pois é nesse período que, geralmente, ocorrem os actos de violência e vandalismo.
Entretanto, como vem acontecendo desde o início das manifestações, os supermercados mantiveram as portas encerradas, até porque, na semana passada, um grupo de manifestantes assaltou um supermercado localizado no bairro de Tsalala, onde roubaram diversos produtos, apesar de estar fechado.
Enquanto isso, os transportes públicos e privados também foram circulando, mas em número reduzido.
Já os estabelecimentos de ensino localizados estiveram em actividades lectivas, num ambiente calmo.
Na última segunda-feira, Mondlane convocou mais uma jornada de manifestações, a que chamou de “primeira fase da quarta etapa”, que hoje termina, ameaçando que esta seria a mais apertada.
Instruiu os seus seguidores a bloquearem postos fronteiriços, portos e os principais corredores.
Instruiu aos seus seguidores a realizarem as suas manifestações em todas as capitais provinciais e na cidade de Maputo, a capital do país, incentivando-os a usarem quaisquer “armas” para se defenderem, caso sejam barrados pela Polícia. Alias, nesta sexta-feira, reiterou, através das redes sociais, que as marchas continuam por tempo indeterminado, para o que considera de “verdade eleitoral”.
(AIM)
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